Volta da França ainda relega mulheres em prova

Tour de France tem apenas um dia de prova para as mulheres, com prêmio menor e sem holofotes

São Paulo

Considerado um dos maiores eventos esportivos do mundo, com mais de 12 milhões de espectadores e transmissão para mais de cem países, a Volta da França ainda peca na inclusão das mulheres, em um esporte milionário e bastante popular na Europa.

Nesta terça (17), 62 atletas de elite disputaram a La Course, um único dia da competição dedicado às mulheres, contra 21 etapas dedicadas aos homens.

A holandesa Annemiek van Vleuten venceu, superando os 121 km da prova em 3h20min —ela é a ciclista que sofreu uma queda grave na Olimpíada do Rio, quando liderava a prova—, mas, diferentemente dos holofotes dirigidos aos homens, não participou nem de entrevista coletiva com a imprensa. 

Em vez de vídeos com os melhores momentos, entrevistas com todos os campeões e cenas do público, habituais na Volta, o site da versão feminina traz somente uma galeria e resultados.

Fazendo coro à pressão por maior participação feminina, um grupo de 13 mulheres está percorrendo a mesma rota utilizada pelos homens, um dia antes.

O prêmio para a campeã do La Course é € 6.000 (R$ 27 mil). Para os homens, cada etapa vale € 11 mil. Sagrar-se campeão do Tour rende, pelo menos, € 500 mil.

 
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