Após mais de quatro meses sem atuar, a Portuguesa volta a campo às 16h deste domingo (5), contra o Nacional, pela Copa Paulista.
A competição marca o reencontro do clube com a torcida e o início de uma caminhada para tentar voltar a figurar no cenário nacional.
A última participação da Portuguesa em uma competição de porte nacional foi no ano passado, quando foi eliminada na Série D ainda na primeira fase. Agora, para garantir um lugar na Série D de 2019, será necessário erguer a taça da Copa Paulista.
Essa, inclusive, é a única chance que a Lusa terá neste ano para voltar a disputar a quarta divisão nacional, porque o clube também não figura mais na elite do futebol paulista. O estadual deu mais três vagas ao torneio, preenchidas por Novorizontino, São Caetano e Ituano.
A última vez que os jogadores da Portuguesa entraram em campo foi há pouco mais de quatro meses, no dia 24 de março. Com o empate por 1 a 1 contra o Sertãozinho, o time paulista se despediu da Série A2 do Paulista, na 12ª posição, com 16 pontos.
Depois disso, a Lusa voltou as atividades somente em maio, após 25 dias. Do grupo que atuou no estadual, 11 seguiram.
O elenco rubro-verde ainda é formado por nove novos jogadores, além de outros cinco atletas da base.
Durante a preparação, houve alguns amistosos e jogos-treino. O mais significativo contra o River Plate-URU, que acabou com o triunfo do time brasileiro por 1 a 0.
“Trabalhamos forte fisicamente. Mas amistoso é diferente de jogo valendo três pontos. Estou ansioso”, falou o atacante Luizinho, 22.
Fernandinho, 26, outro atacante do elenco, vai mais longe. Apesar do discurso de pensar jogo a jogo, revela que já se pegou imaginando uma decisão.
“Assistia a Portuguesa na Série A. Hoje posso vestir essa camisa. Às vezes, em casa, eu me imagino fazendo o gol do título, levantando o troféu e colocando o time na Série D.”
A esperança dentro da Portuguesa está relacionada ao trabalho de Allan Aal, 39.
Contratado para tirar o clube da situação difícil na Série A2 do Paulista, o treinador cumpriu bem a missão e salvou a Lusa de um novo vexame conquistando bons resultados perto do final do torneio.
"Será um dos grandes treinadores do futebol brasileiro", afirma Alexandre Barros, presidente da Lusa, sobre o treinador, que veio de um trabalho de bons resultados no Foz do Iguaçu.
Com os pés no chão, Aal sabe o tamanho da responsabilidade que terá nas mãos para voltar a colocar a Lusa de volta ao cenário nacional.
“Quando se fala em obrigação de ser campeão, eu troco obrigação por necessidade. Talvez a nossa necessidade seja maior do que a dos nossos adversários", afirma o técnico rubro-verde.
Segundo Aal, o elenco foi montado com jogadores que têm ambição e caráter. “A mão aqui é inversa. O resultado tem que vir dentro de campo para melhorar fora. O grupo está bem consciente disso”, disse o técnico, referindo-se às dificuldades financeiras da Portuguesa.
“A Portuguesa tendo bom elenco, mau elenco, tendo dinheiro ou não, condição ou não, tem que entrar para ganhar. Sem menosprezo nenhum a outros times da Copa Paulista", afirma o presidente do clube, que não esconde as dificuldades financeiras no Canindé.
Barros classifica a situação como muito difícil. Segundo ele, a Portuguesa tem uma despesa de R$ 300 mil. Mas existem bloqueios nas contas e ações trabalhistas.
"Presidentes ficam marcados por conquistas. Eu não vim aqui só para melhorar o clube. Vim aqui para fazer o futebol. Vivo isso. Espero marcar aqui com títulos", afirma.
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