Se Garrincha não conquistou títulos para o Corinthians em sua curta passagem pelo clube, pelo menos deixou de herança para a torcida o apelido de "Timão", gritado pelos torcedores em todos os jogos da equipe.
Essa história e muitas outras sobre a passagem do atacante bicampeão mundial com a seleção brasileira pelo Corinthians estão presentes no documentário "Garrincha no Timão", uma das atrações do Cinefoot, único festival de cinema de futebol do Brasil, que acontece até a próxima quarta-feira (3), no Museu do Futebol, no Pacaembu, em São Paulo.
A história é contada por meio de depoimentos de Elza Soares, dos jornalistas José Trajano, Juarez Soares, José Maria de Aquino e Celso Unzelte, do professor José Teixeira (morto neste ano) e dos ex-jogadores Coronel, Jair Marinho, Marcos e Rildo, entre outros.
O documentário, dirigido pelos jornalistas Helvidio Mattos e Rafael Valente e que tem a coprodução da ESPN com a Canal Azul, aborda a pouco conhecida trajetória de Mané Garrincha no Corinthians, em 1966, quando o jogador e clube alvinegro, estavam em baixa e tentavam se reerguer.
Na época, o atacante estava com 32 anos, havia operado os dois joelhos e vinha de um período ocioso, com poucos jogos pelo Botafogo, seu único clube até então em 13 anos como profissional de futebol.
Havia até um consenso de que a última atuação brilhante dele fora na decisão do Estadual do Rio de Janeiro de 1962, quando a equipe alvinegra derrotou o Flamengo. Foi naquele ano também que ele levou a seleção ao título da Copa disputada no Chile.
"A história desse curioso casamento entre Garrincha e Corinthians permaneceu durante várias décadas um mistério devido a escassez de informações. Afinal, como foi a passagem do Mané pelo clube paulistano? Por que ela durou um ano e apenas 13 jogos? O Corinthians não conseguiu mesmo ser campeão? Respostas que podem ser encontradas no documentário Garrincha do Timão", disse o jornalista Rafael Valente.
Além da contratação de Garrincha, o Corinthians trouxe dois outros jogadores considerados craques na época: Ditão (zagueiro) e Nair (meio-campista) da Portuguesa. Com esse trio, a "A Gazeta Esportiva" usou a palavra Timão para classificar a equipe do Corinthians
O extinto periódico usou outras vezes a palavra Timão e ela caiu no gosto da torcida, que adotou mesmo sem o Corinthians ter conseguido o sucesso esperado.
Para quem for ao Pacaembu para assistir aos filmes da mostra pode aproveitar para conferir a exposição "Clássico é Clássico e vice-versa", que estreou no último sábado (29) no Museu do Futebol. Ela usa rivalidades locais como um caminho para narrar as dualidades representadas no futebol. A exposição ficará em cartaz até o dia 3 de fevereiro.
MOSTRA CINEFOOT 2018
Museu do Futebol (Estádio do Pacaembu - Praça Charles Miller, s/n)
Entrada gratuita
Programação:
Segunda (1º)
19h
- Craque
- Bobby Robson: Mais que um Treinador
20h45
- Um Bayern Diferente
- Don Diego - Carne, Osso e Coração
Terça (2)
10h
- Sessão Dente de Leite (curtas)
- Gaúchos Canarinhos
- O primeiro João
- A Rua É Pública
- A Culpa É do Neymar
- Dois Pés Esquerdos
- Tapete Verde
- Craque
19h
- Garrincha no Timão
- VAR - Reflexões sobre o Árbitro de Vídeo
20h30
- Todos Querem Colo-Colo
- Triunfo
Quarta (3)
10h
- Sessão Dente de Leite (curtas)
- Gaúchos Canarinhos
- O primeiro João
- A Rua É Pública
- A Culpa É do Neymar
- Dois Pés Esquerdos
- Tapete Verde
- Craque
19h
- A Mais Briosa - Um Amor 100 Divisão
20h30
- A Primeira
- 1958 - O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil
Para mais detalhes acesse: http://www.cinefoot.org/programacao-cinefoot-sao-paulo-2018/
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.