Descrição de chapéu Copa Libertadores

Estudioso, Weverton diz estar pronto para decisão nos pênaltis contra o Boca

Goleiro pegou penalidade na conquista da medalha de ouro da seleção nos Jogos do Rio-16

Alberto Nogueira
São Paulo | Agora

​De terceiro goleiro a titular da equipe que enfrenta o Boca Juniors nesta quarta-feira (24), às 21h45, em La Bombonera. Este é Weverton, defensor do gol do Palmeiras nas semifinais da Libertadores. Ele afirma estar pronto, inclusive, para uma eventual disputa de pênaltis.

"É uma possibilidade real [penalidades]. Tenho treinado e estudado muito os batedores adversários. Isso é muito importante. O torcedor pode confiar, que, se for preciso, vou estar preparado."

Foi assim que o jogador acreano de 30 anos conquistou o título mais importante de sua carreira. A medalha de ouro olímpica nos Jogos do Rio, em 2016, quando defendeu a penalidade do alemão Petersen e abriu caminho para Neymar bater o pênalti da vitória brasileira.

A importante defesa não foi obra de acaso ou sorte. Weverton estudou os batedores adversários junto com a equipe de análise de desempenho da seleção e seu preparador.

"Eu me reunia com o preparador de goleiros da seleção e os analistas de desempenho para ver as cobranças dos adversários. No caso do Petersen, foi complicado, pois de oito pênaltis, ele havia cobrado quatro em cada lado. Começamos então a procurar variáveis. Concluímos que ele tinha um canto de segurança em situação de placar apertado, de pressão. Então, na hora da cobrança, nem olhei para ele, para não induzi-lo. Eu fui no canto estudado e defendi", conta.

Nas duas últimas vezes em que a equipe brasileira e a argentina se enfrentaram em um mata-mata de Libertadores, as partidas foram decididas nas penalidades. Na final de 2000 e na semifinal de 2001, os argentinos venceram.

Após seis temporadas no gol do Atlético-PR (2012-2017), clube pelo qual chegou à seleção olímpica —para substituir o lesionado Fernando —Prass e principal, o goleiro decidiu que era hora de buscar novos desafios, mesmo sabendo da forte concorrência que teria.

O jogador também chegou sob olhares desconfiados dos torcedores, que não enxergavam necessidade de sua contratação. O clube já contava com Jailson e Prass no elenco, campeões e xodós da torcida do Palmeiras.

"É normal quando se chega em uma grande equipe, com grandes goleiros. Eu ainda não consegui mostrar muito, pois estou há pouco tempo e ainda não ganhei nada, mas temos chances de conquistas. O torcedor está podendo acompanhar meu trabalho, e eu espero conquistá-lo cada vez mais."

Terceiro goleiro no início do ano, Weverton foi paciente e esperou por uma sequência, que, segundo ele, foi prometida pelo ex-técnico Roger Machado durante a parada para a Copa do Mundo. Contudo, o treinador acabou demitido na terceira rodada após o reinício do Campeonato Brasileiro.

"Eu começava a ter sequência pouco antes da chegada de Felipão. Ele me manteve no time, e eu fiquei feliz, pois isso me deu mais confiança. Jogar no Palmeiras é um privilégio para poucos, e conviver com grandes jogadores sempre é bom. Motiva, e você não pode bobear, do contrário, perde a posição", conta.

O atleta sabe que contra o Boca tem chance de fazer história em pouco tempo de clube. Assim, ganharia de vez a admiração do torcedor.

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