Ministério Público denuncia 7 pessoas por assassinato de jogador no Paraná

Ex-jogador do São Paulo, Daniel foi assassinado em outubro

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Adriano Wilkson Bruno Abdala Karla Torralba
São Paulo | UOL

Sete pessoas foram denunciadas à Justiça nesta terça (27) no caso do assassinato do jogador Daniel, ex-São Paulo. O autor da denúncia é o promotor João Milton Salles.

Além da família Brittes, foi inclusa na denúncia Evellyn Brisola Perusso, 19, que na festa que antecedeu o crime beijou Daniel. Ela responderá por denunciação caluniosa e fraude processual.

Segundo o promotor, Eduardo Puroke foi colocado na cena do crime pelo testemunho de Evellyn, porém “na conclusão do inquérito e após a minha análise, chegou-se a conclusão que ele não participou [do crime]", declarou Salles.

Meia Daniel quando atuava pelo São Paulo
Meia Daniel quando atuava pelo São Paulo - Marcello Zambrana/Agif

Segundo ela, Puroke teria agredido o jogador e dado a faca a Edison Brittes Junior, o Juninho, que confessou ter assassinado o jogador.

"Ela não pode ser presa, a pena aplicada a esse crime é relativamente baixa. O crime é de denunciação caluniosa, e o meio utilizado para isso foi um falso testemunho”, prosseguiu o promotor.

Puroke chegou a ser detido, mas foi solto na última segunda (26).

Além de Edison, Ygor King, David Vollero e Eduardo Henrique da Silva estariam no carro preto que levou o jogador ao local de sua morte. Eles foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.

Cristiana Brittes, esposa de Juninho, foi denunciada por homicídio qualificado e Allana Brittes, filha do casal, por fraude processual e coação de testemunha.

A defesa da família Brittes disse que se manifestará em uma coletiva de imprensa, enquanto o advogado de Ygor e David afirmou que se pronunciará apenas após ter conhecimento da denúncia por escrito.

Em nota oficial, o Escritório que a defende Evellyn disse não ter acesso a denúncia ofertada pelo Ministério Público do Estado do Paraná e que “manifesta neste ato sua extrema surpresa quanto à denúncia ofertada, uma vez que a Evellyn buscou a todo momento auxiliar as autoridades na busca da verdade, o que restará comprovado em futura instrução processual".

"A denuncia ela se posicionou sobre lastro muito amplo onde o inquérito poderia ter esclarecido tudo e não esclareceu. [...] O meu cliente apresentou uma versão diferente de outro”, disse, por sua vez, o advogado de Eduardo Henrique, Adson Stadler.

Além disso, todos os envolvidos responderão por corrupção de adolescente, uma vez que a prima de Cristiana estava na casa e foi obrigada a limpar o local do crime.

O promotor afirmou ainda que o fator determinante para a denúncia foi a prova pericial: “Ela aponta que esse rapaz, para ser executado da forma como foi, somente com a atuação de mais de uma pessoa! Outro fator importante que a perícia aponta é que este carro só tem três portas, o Veloster não é um carro 4 portas, e tinha marcas de sangue em todas as portas".

Finalmente, o Ministério Público concluiu que “não houve tentativa de estupro”.

 
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