Super Bowl 53 faz Tom Brady reviver estreia e novato sonhar com façanha

Veterano de 41 anos busca sexto título, enquanto Jared Goff, 24, joga sua primeira decisão

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Os quarterbacks Jared Goff (à esq.) e Tom Brady em partidas dos playoffs da NFL
Os quarterbacks Jared Goff (à esq.) e Tom Brady em partidas dos playoffs da NFL - Jonathan Bachman - 20.jan.19/AFP e Adam Glanzman - 13.jan.19/AFP
São Paulo

​​A nona participação de Tom Brady, 41, no Super Bowl, a partir das 21h30 deste domingo (3), com transmissão da ESPN, terá pelo menos uma semelhança com a estreia do quarterback no jogo decisivo da NFL, há 17 anos.

Em 2002, quando estava em sua segunda temporada na liga de futebol americano, Brady conduziu o New England Patriots na vitória por 20 a 17 sobre o Saint Louis Rams.

O oponente desta noite em Atlanta será o mesmo Rams, que voltou para Los Angeles em 2016, após 21 temporadas no meio-oeste americano, e faz sua primeira participação no Super Bowl desde 2002.

Já o time de Massachusetts retorna pela nona vez desde então. Nas oito vezes em que esteve na decisão, Brady venceu cinco (2002, 2004, 2005, 2015 e 2017) e perdeu três (2008, 2012 e 2018).

Nenhum quarterback jogou tantas edições de Super Bowl quanto o astro do Patriots.

Em 2002, aos 24 anos, Brady foi eleito o melhor jogador da decisão contra o Rams.

 

O momento mais marcante daquele jogo ocorreu a um minuto e 30 segundos do fim. Depois de abrir 17 a 3 nos três primeiros quartos, o Patriots havia permitido o empate do Rams, então liderado pelo quarterback Kurt Warner. 

Brady decidiu não esperar pela prorrogação e assumiu riscos. Comandou uma campanha relâmpago, já que seu time não tinha mais pedidos de tempo, e permitiu um chute vencedor de 48 jardas.

Aquele Super Bowl marcou o começo da maior dinastia da NFL e deu origem a uma história curiosa, que ficou conhecida na imprensa dos EUA.

Após o título de 2002, Brady teria pedido permissão a Bill Belichick, técnico do time, para viajar a Disney em vez de retornar com o grupo.

É uma tradição que os vencedores do prêmio de melhor jogador cumpram roteiro no parque de Orlando. A resposta de Belichick teria sido: “Claro que pode ir. Quantas vezes você ganha o Super Bowl?”.

Cinco até agora, número que fez o quarterback e sua equipe serem tão admirados quanto odiados pelos rivais. 

Também contribuíram para a imagem negativa do time a revelação de casos de espionagem de adversários e o episódio das bolas murchas.

Patriots e Brady foram acusados de esvaziar bolas para prejudicar o Indianapolis Colts na final de conferência em 2015 e acabaram punidos com suspensão e multa.

Já sobre os resultados da equipe há pouco o que contestar. Após a derrota para o Philadelphia Eagles no Super Bowl do ano passado, especulou-se a respeito do fim da hegemonia de New England.

Nada disso. Mesmo com cinco derrotas em 16 partidas na temporada, pior marca desde 2009, o Patriots se classificou de forma tranquila aos playoffs. Neles, demonstrou a força de sempre. Bateu o Los Angeles Chargers e o Kansas City Chiefs, sensação do torneio.

Se de um lado velhos conhecidos estarão em ação, o Los Angeles Rams é o responsável por trazer novos ares ao Super Bowl. O quarterback Jared Goff, 24, fará contraponto a Tom Brady, assim como o técnico Sean McVay, 33, será o oponente de Belichick, 66.

Sean McVay, 33, técnico do Rams, e Bill Belichick, 66, treinador do Patriots
Sean McVay, 33, técnico do Rams, e Bill Belichick, 66, treinador do Patriots - Mike Segar - 30.jan.19/Reuters e Jason Getz - 31.jan.19/Usa Today

McVay chegou ao Rams há duas temporadas e encontrou Goff, primeira escolha do draft de 2016, sob críticas após um fraco ano de estreia. Eles cresceram juntos e no ano passado levaram o time aos playoffs.

Além disso, transformaram o pior ataque da NFL no melhor de um ano para o outro. A trajetória de evolução da dupla continuou neste ano, culminando com o Super Bowl.

McVay, que se tornou o treinador mais jovem a chegar à decisão, é considerado um fenômeno. Sua habilidade para montar ataques é tudo o que a NFL mais deseja para manter a popularidade da liga. Já o estilo calmo de Goff pode não chamar a atenção como o jeito explosivo de Patrick Mahomes, revelação do Chiefs, mas tem se mostrado eficiente.

Caso ele vença pela primeira vez com a mesma idade que Brady, será impossível se manter tão discreto. Mcvay, que já mostrou ótima capacidade de comunicação com o armador das jogadas do Rams, não tem dúvidas de que isso é possível.

“Você não pode fugir da magnitude do jogo, mas eu realmente não senti que algum momento seja grande demais para esse cara”, afirmou.

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