Descrição de chapéu São Paulo Campeonato Paulista

Gols caem pela metade quando grandes se enfrentam no Paulista

Dos 11 clássicos disputados no Estadual, cinco terminaram empatados por 0 a 0

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São Paulo

Os gols praticamente desapareceram nos confrontos entre os quatro grandes de São Paulo nesta edição do Campeonato Paulista.

Em 11 clássicos disputados até agora, apenas 11 gols foram anotados, média de 1 por partida. A média é menos da metade dos gols marcados até agora na competição. Em 109 partidas disputadas, 229 gols foram feitos, o que corresponde a 2,10 por duelo. 

Do total de clássicos, quase metade— cinco— terminaram empatados por 0 a 0. Foi esse o placar da primeira partida da final do Estadual entre São Paulo e Corinthians, realizado neste domingo (14), no Morumbi.

A escassez de gols no primeiro jogo da decisão do Paulista já havia acontecido durante a fase semifinal, quando apenas quatro foram anotados em quatro confrontos . Assim, a média somadas as duas últimas fases é de 0,80 por confronto. 

É a pior média em semifinal e final do século do Estadual paulista. Antes, a marca mais negativa foi registrada em 2018, quando apenas oito gols foram feitos em seis jogos —corresponde a 1,33. 

Finalistas, São Paulo e Corinthians têm uma baixa média de gols no Estadual. O time do Morumbi marcou 16 gols em 17 jogos, enquanto o rival fez apenas 14. 

“Três jogos e não fizemos gol. Também não tomamos. E podemos ser campeões nos pênaltis. Não é o ideal, mas pergunta se o torcedor não vai comemorar”, disse o treinador são-paulino, que assumiu o cargo oficialmente no dia 1º de abril. 

Para conquistar o título e não escrever mais uma marca negativa, os dois times terão que procurar alternativas ofensivas para conquistar a vitória no segundo confronto, marcado para o próximo domingo (21), no Itaquerão. 

Em caso de empate, o campeão será conhecido nas cobranças de pênaltis. 

O Corinthians, que busca o tricampeonato consecutivo, tem um retrospecto favorável com Carille no comando quando decide em seu estádio no Paulista.  Em seis ocasiões, o clube jamais foi eliminado —conseguiu a classificação ou foi campeão, como aconteceu em 2017.

Já o São Paulo terá que quebrar tabus para levantar a taça na casa do adversário. Neste ano, sequer triunfou em um clássico. São três derrotas (Santos, Corinthians e Palmeiras, pela fase classificatória) e três empates nos últimos jogos. Nos seis confrontos, marcou apenas um gol.

Outro tabu se refere ao Itaquerão. Em dez jogos, perdeu sete vezes e empatou três. No ano passado, empatava com o rival até os acréscimos do segundo tempo, quando sofreu o gol de Rodriguinho e foi derrotado por 1 a 0, pela semifinal do Paulista. Na sequência, perdeu nos pênaltis e foi desclassificado. 

Para quebrar a sequência, o São Paulo terá que melhorar a pontaria. Neste domingo, Cuca tentou buscar a vitória desde o início e escalou um time mais ofensivo.  

Sem o atacante Pablo e o meio-campista Liziero, vetado pelo departamento médico momentos antes do jogo, o treinador optou por Everton e Gonzalo Carneiro.

Assim, o time tricolor jogou no esquema 4-1-4-1. O volante Luan foi o único com característica mais defensiva no meio de campo. 

Já Carille adotou uma estratégia mais defensiva. O volante Ramiro jogou no lugar do atacante Pedrinho para conter as jogadas do lado esquerdo são-paulino. 

O Corinthians também teve uma ausência por contusão.  O lateral Danilo Avelar foi substituído por Carlos Augusto, 20, que conseguiu neutralizar Antony, a grande esperança são-paulina. 

Assim, a melhor chance da etapa inicial surgiu em um lance de bola parada. Após cobrança de escanteio, Arboleda cabeceou e Cássio defendeu primeiro com as mãos e, em seguida, com o pé. 

Na etapa complementar, o São Paulo voltou com Hernanes, que não jogava desde o dia 16 de março, na vaga de Carneiro, o que deu mais movimentação para a equipe, que criou  pelo menos duas boas chances em chutes de fora da área. Numa delas, o meio-campista exigiu boa defesa de Cássio. 

A melhor oportunidade do jogo, porém, foi do zagueiro corintiano Henrique que, livre, cabeceou para fora após uma cobrança de escanteio. 

“Hoje saio mais satisfeito do que no jogo com o Santos em relação ao rendimento. O time teve chances e também criou”, disse Carille, que explicou porque escolheu Jadson e Ramiro desde o início nos lugares de Pedrinho e Sornoza. 

“Escolhi Jadson e Ramiro para ficar mais com a bola, mas ainda falta um pouco de conjunto. Temos que continuar a ser maduro com o Clayson, que é agressivo com a bola”, acrescentou o técnico corintiano.

Antes do duelo de volta da final do Paulista, o Corinthians volta a campo na quarta (17), quando enfrenta a Chapecoense, em Chapecó, pela quarta fase da Copa do Brasil. 

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