Descrição de chapéu Pan-2019

Fiz 1 milagre, mas não 2, lamenta ciclista brasileiro após pneu furado

Favorito ao ouro no Pan, Henrique Avancini terminou prova do mountain bike com prata

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Lima (Peru)

 A reação do ciclista brasileiro Henrique Avancini, 30, ao cruzar a linha de chegada na segunda colocação da prova de mountain bike do Pan de Lima, neste domingo (28), indicava tudo. Com os braços abertos, sinalizou que havia feito o possível num dia em que nada deu certo para ele.

“Consegui fazer um milagre, mas não dois”, afirmou o atleta brasileiro, que buscava acabar com um jejum de 60 anos sem medalha de ouro para o ciclismo do país em Jogos Pan-Americanos.

O cabo da suspensão da sua bicicleta havia arrebentado na largada, de forma que Avancini precisava abrir de 30 a 40 segundos de vantagem para o mexicano José Ulloa para conseguir consertar o problema.

Henrique Avancini, do Barasil, corre com seu pneu furado durante prova de mountain bike no Pan-2019
Henrique Avancini, do Barasil, corre com seu pneu furado durante prova de mountain bike no Pan-2019 - Abelardo Mendes Jr/rededoesporte.gov.br

Não foi possível. Os dois faziam uma disputa acirrada quando, após a metade da prova, o pneu da bicicleta de Avanci furou no pior local possível.

“Furei o pneu passando 100 metros da área de apoio. Andei o máximo possível com ele furado até chegar à segunda área de apoio e trocar a roda traseira”, disse,

Caso o problema tivesse ocorrido antes de uma dessas áreas de socorro mecânico, o resultado poderia ter sido diferente. Uma troca de pneu costuma durar cerca de 30 segundos, mas o tempo em que o brasileiro rodou nessas condições o fez ficar dois minutos atrás do mexicano.

“Faz parte desse esporte. Obviamente não estou feliz, queria competir pelo ouro, tinha plenas condições de brigar, mas mountain bike é assim. O mundo não muda em um dia. É uma boa oportunidade que eu perco hoje, mas terão outras pela frente”, declarou.

Avancini, terceiro colocado do ranking mundial, lamenta principalmente pelo fato de ser um ciclista que não costuma sofrer com esse tipo de problema nas competições.

“Foi o meu primeiro problema mecânico no ano. Sou um cara que consegue pilotar razoavelmente limpo, meu estilo é menos agressivo e mais fluído. Realmente não esperava arrebentar um cabo na primeira vez que acionei a trava. Consegui me manter bem mentalmente e concentrado, mas depois tive que lidar com uma segunda adversidade”, disse.

Tranquilo na liderança, ​Ulloa, 26º colocado do ranking, cruzou a linha de chegada com a bandeira mexicana. Ele completou a prova em 1h25min03, dois minutos e cinco segundos à frente do brasileiro. O chileno Martin Vidaurre Kossmann completou o pódio.

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