Descrição de chapéu Copa Libertadores

Flamengo encara Inter em busca de semi da Libertadores após 35 anos

Time rubro-negro coleciona fracassos em século no qual o colorado foi bicampeão

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São Paulo

O Flamengo conquistou a Copa Libertadores em sua primeira participação no torneio, em 1981, apoiado no talento de Zico. Até 1984, já havia chegado mais duas vezes às semifinais (à época disputadas com seis clubes divididos em duas chaves). De lá para cá, jamais voltou a ficar a um passo da decisão.

Para ter novamente essa chance, a equipe começará nesta quarta-feira (21) um duelo com o Internacional, de sucesso recente bem maior na competição. Campeão em 2006 e em 2010 e semifinalista em 2015, o time colorado tem um desempenho neste século que contrasta com os múltiplos fracassos rubro-negros.

Os jogadores do Flamengo, depois de sofrer para passar pelo Emelec, mostram confiança - Mauro Pimentel - 31.jul.19/AFP

Desde a virada do milênio, a formação da Gávea tem oito participações completas no torneio, com quatro eliminações na fase de grupos. Houve outras três quedas nas oitavas de final –com direito a derrota por 3 a 0 para o América-MEX no Maracanã, após vitória por 4 a 2 fora de casa, em 2008– e apenas uma classificação às quartas, com fim da linha na sequência.

O Flamengo flertou com o fracasso na fase de grupos novamente e sobreviveu às oitavas de final somente nos pênaltis, diante do Emelec, mas está nas quartas de final pela segunda vez no século. E, agora, a partir das 21h30 (de Brasília), no Maracanã, briga para retornar às semifinais após 35 anos de ausência.

 

“Clássico brasileiro é sempre difícil. Sabemos da força do Inter, eles estão muito bem”, disse o meia Éverton Ribeiro, negando que os sustos no caminho tenham abalado o time. “Estamos confiantes, sim, de que vamos fazer grandes jogos. Não vai ser fácil, mas vamos buscar essa vaga”, acrescentou.

A trajetória do Internacional no campeonato é bem mais tranquila até aqui. Líder do Grupo A, assegurou com uma rodada de antecedência a primeira posição da chave –que tinha o atual campeão, River Plate. Nas oitavas de final, venceu os dois jogos contra o Nacional-URU, avançando sem sustos.

Sem nenhuma derrota na campanha, a equipe dirigida por Odair Hellmann conta com uma arma bem conhecida do Flamengo. Autor de quatro gols na Libertadores (e 11 em um total de 19 partidas com a camisa vermelha), o peruano de 35 anos foi atleta do Flamengo de 2015 a 2018.

“É um jogador que faz a diferença no ataque. Tem muita força, segura bem a bola, chega à área e não fica nervoso. Sem dúvida, é um jogador mais perigoso. Então, é importante não deixá-lo entrar no jogo. Quanto menos tocar na bola, melhor”, disse o lateral esquerdo Filipe Luís, que o enfrentou pela seleção brasileira na Copa América.

Guerrero tem quatro gols na Copa Libertadores e é uma das grandes armas do Internacional - Diego Vara - 31.jul.19/Reuters

Na primeira perna do duelo, o lado rubro-negro não terá seu artilheiro para duelar com o peruano. Autor de 24 gols em 34 partidas na temporada –a maior marca absoluta e a melhor média de gols do futebol brasileiro no ano–, Gabriel Barbosa, o Gabigol, sentiu um problema na coxa esquerda e foi vetado do confronto.

O atleta de 22 anos já vinha de lesão na região e retornou aos gramados no último sábado, fazendo dois gols na vitória por 4 a 1 sobre o rival Vasco. Ele sentiu novamente dores na coxa, embora o clube diga que elas não tenham relação com o afastamento anterior, e acabou sendo reprovado nos testes de terça.

Será sem ele que o Flamengo tentará dar um passo importante rumo à etapa que não alcança na América do Sul desde 1984. A expectativa é que o atacante possa atuar na partida de volta, na quarta-feira da próxima semana (28), no Beira-Rio, em Porto Alegre. Quem sobreviver enfrentará o vencedor do embate entre Grêmio e Palmeiras.

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