O Ministério Público de São Paulo enviou um ofício à FPF (Federação Paulista de Futebol) solicitando que o jogo entre Palmeiras e Flamengo, no próximo dia 1º de dezembro, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, seja disputado com presença de torcida única no Allianz Parque, casa do time alviverde.
O pedido do órgão se baseia em relatório da Polícia Militar que avalia como grande o risco de possíveis confrontos entre torcidas antes, durante ou após a partida —no primeiro turno do Nacional, quando as duas equipes se enfrentaram no Maracanã, houve presença de torcedores de ambas as equipes.
De acordo com o ofício encaminhado à Federação Paulista, a Polícia Militar diz recomendar que a partida seja realizada com torcida única por considerar a animosidade entre flamenguistas e palmeirenses.
"Em partidas anteriores, ocorreram confrontos entre as torcidas do Flamengo e Palmeiras, como no dia 05/06/2016, no estádio 'Mané Garrincha', em Brasília, restando diversos torcedores detidos e feridos, sendo um flamenguista internado em estado grave, e no dia 27/10/2018, nos arredores do estádio do Maracanã, em que um ônibus de torcedores palmeirenses foi atacado e um torcedor do Palmeiras foi socorrido de ambulância ao pronto-socorro", diz o ofício.
A polícia também afirma que recebeu nos últimos dias informações sobre possíveis "emboscadas perpetradas por torcedores do Palmeiras às caravanas dos torcedores flamenguistas". E que identificaram postagens em redes sociais que convocavam torcedores para o confronto.
Desde 2016, os jogos envolvendo os quatro clubes grandes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) são disputados com torcida única como medida para evitar confrontos nos estádios.
Caso seja aceito o pedido do Ministério Público, essa seria a primeira vez em que um desses quatro times enfrentaria um rival de outro estado sem a presença de torcedores visitantes.
O artigo 86 do Regulamento Geral de Competições da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) diz que o clube visitante terá direito a adquirir até 10% da capacidade do estádio ou "da capacidade permitida pelos órgãos de segurança".
Procurada pela reportagem, a confederação ainda não se manifestou sobre o pedido do Ministério Público. Até a publicação deste texto, Palmeiras e Flamengo informaram que ainda não tinham um posicionamento.
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