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Neymar faz três em goleada do PSG marcada por protestos antirracistas

Jogadores ajoelharam no gramado com os punhos erguidos durante execução do hino da Champions

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São Paulo

Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir retomaram nesta quarta-feira (9) o jogo da última rodada da fase de grupos da Champions League que foi suspenso, na terça (8), após atletas das duas equipes terem deixado o campo.

O ato foi um protesto dos jogadores contra uma ofensa racista proferida pelo quarto árbitro, o romeno Sebastian Colţescu, a Pierre Webó, membro da comissão técnica do clube turco.

No campo, os parisienses golearam por 5 a 1 e garantiram a liderança do Grupo H da Champions. Neymar, em grande atuação, anotou três vezes, e Mbappé marcou os outros dois. Topal fez o gol de honra dos turcos.

Com 12 pontos, mesma pontuação do RB Leipzig, o PSG terminou na primeira colocação pelos critérios de desempate –na soma dos confrontos diretos com os alemães, as equipes empataram em 2 a 2, mas os franceses marcaram um gol fora de casa.

Destaque na partida, Neymar falou à francesa Téléffot sobre as equipes terem deixado o gramado na terça. "A gente tem que fazer isso. Fizemos muito bem. Foi o que deu na minha cabeça, foi o que eu deveria ter feito na primeira vez", afirmou o brasileiro, referindo-se à estreia do PSG no Campeonato Francês, em setembro.

Na ocasião, o camisa 10 foi expulso contra o Olympique de Marselle e acusou o defensor adversário Álvaro González de racismo. Contudo, o jogo continuou após o atacante deixar o campo pelo cartão vermelho.

Neymar brilhou na goleada do PSG diante do Istanbul Basaksehir
Neymar brilhou na goleada do PSG diante do Istanbul Basaksehir - Charles Platiau/Reuters

Antes da partida desta quarta, jogadores dos dois times aqueceram no gramado do Parque dos Príncipes com uma camiseta que levava a inscrição "Não ao racismo", em inglês. Webó, ex-atacante com passagens por Osasuna, Mallorca e Fenerbahçe, também entrou em campo com a camiseta.

Durante a execução do hino da Champions, os atletas se ajoelharem no círculo central do gramado, com os punhos erguidos. Até o árbitro, o holandês Danny Makkelie, se juntou ao protesto –toda a equipe de arbitragem foi trocada pela Uefa depois do ocorrido na terça.

Nas arquibancadas, banners com os distintivos de PSG e Istanbul e faixas colocadas por torcedores também carregavam mensagens antirracistas. Uma delas, estendida numa das arquibancadas superiores do estádio parisiense, dizia: "Apoio a Webó –Orgulho dos jogadores– Contra o racismo".

Na terça-feira, Pierre Webó foi a vítima do quarto árbitro romeno, que recomendou a sua expulsão ao árbitro principal, referindo-se ao africano como "aquele negro". Na sequência, o juiz foi cobrado pelo atacante senegalês Demba Ba, que pediu ao romeno respeito.

Neymar (esq.) e jogadores das duas equipes ajoelhados e com os punhos erguidos em protesto contra o racismo
Neymar (esq.) e jogadores das duas equipes ajoelhados e com os punhos erguidos em protesto contra o racismo - Franck Fife/AFP
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