Quase sete anos após a Copa de 2014, Arena Pantanal ainda está inacabada

Estádio recebe Uruguai e Chile nesta segunda (21) na primeira fase da Copa América

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Cuiabá

Projetada para a Copa do Mundo de 2014 e uma das sedes da Copa América deste ano, a Arena Pantanal, em Cuiabá, está inacabada, mesmo sete anos após ser entregue.

Não é a única obra inacabada do Mundial no estado. O sistema de trilhos do VLT não foi entregue, e pode ser transformado em BRT.

Apenas 85% da estrutura do estádio está concluída. Os outros 15% não têm previsão para a retomada dos reparos necessários para que realmente se torne espaço multiuso, como estava previsto.

A Arena Pantanal recebeu os jogos do Mundial e, desde 2018, partidas da Série B. Neste ano passou a abrigar confrontos da Série A com o acesso à elite do Cuiabá Esporte Clube.

A Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), que ainda tem obras inacabadas em seu entorno
A Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), que ainda tem obras inacabadas em seu entorno - Carla Carniel/Reuters

Nesta segunda-feira (21), por exemplo, as seleções do Uruguai e Chile se enfrentam na Arena às 20h pela 3ª rodada do grupo B.

Porém, o entorno da Arena deixa evidente os problemas existentes, como a falta iluminação da área externa inteira, e, não conclusão das instalações das caixas d’água e outras adequações estruturais.

Já na parte interna, o governo de Mato Grosso trava uma batalha judicial desde 2015 com a construtora Mendes Júnior Tranding e Engenharia S/A, que abandonou a obra do estádio após a Copa do Mundo.

O governo cobra que a construtora arque com os reparos e elimine problemas nas cadeiras, nos telões, além de outros defeitos.

A ação do governo contra a Mendes Júnior se encontra em fase de instrução processual. Em setembro do ano passado, a justiça determinou a realização de perícia a fim de verificar as responsabilidades, no entanto, até o momento não foi realizada.

Mesmo nessas condições o governo de Mato Grosso gasta em média R$ 350 mil por mês na manutenção do estádio. São R$ 4,2 milhões por ano.

Há também problema com a certificação Leed, um atestado do selo ambiental e sustentável do estádio, que custou cerca de R$ 700 milhões.

O pagamento deste valor está entre as obrigações do contrato firmado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que financiou R$ 400 milhões da obra.

Caso o reconhecimento socioambiental não seja quitado, o Estado fica sujeito ao pagamento de multa de 1% ao ano em relação ao saldo devedor.

Desde julho do ano passado, a Arena Pantanal funciona também como Centro de Triagem da Covid-19, que auxilia os municípios da região no combate à pandemia.

Nesse quase um ano de atendimentos, mais de 180 mil pessoas já realizaram testes para o vírus. Em dias de jogos da Copa América, o Centro de Triagem fecha oito horas antes do apito inicial.

Além da Arena e do VLT, que continuam sem conclusão, Cuiabá também projetou para a Copa de 2014 dois Centros Oficiais de Treinamentos (COTs) que atenderiam as equipes que participassem de eventos esportivos na cidade. Apenas um foi entregue. Porém, não pode ser usado nesta Copa América por problemas no gramado.

As seleções da Copa América utilizam o Centro de Treinamento do Cuiabá e os estádios Dito de Souza, em Várzea Grande, e o Dutrinha, em Cuiabá, para treinos.

Procurada pela reportagem, a construtora Mendes Júnior não se manifestou.

Cabeleireiro fura a bolha sanitária da seleção chilena

Um cabeleireiro furou a bola sanitária da seleção chilena na Copa América.

Segundo a federação do país, o profissional entrou no hotel da equipe sem autorização no último sábado (19) para cortar o cabelo de alguns jogadores, o que seria proibido pelo protocolo da Conmebol para a competição. .

A entidade disse que o cabeleireiro tinha resultado negativo para o teste da Covid-19, mas não explicou quando este foi feito nem como foi apresentado, já que sua presença no hotel era proibida.

URUGUAI x CHILE
segunda (21), às 18h, na Arena Pantanal
​na TV: Fox Sports

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