Descrição de chapéu Tóquio 2020 atletismo

Relembre as medalhas do Brasil no atletismo em Olimpíadas

Modalidade é a terceira que mais soma pódios de atletas brasileiros nos Jogos

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São Paulo

Com os bronzes de Alison dos Santos nos 400 m com barreiras e de Thiago Braz no salto com vara, o Brasil chegou a marca de 19 medalhas no atletismo em Jogos Olímpicos (5 ouros, 3 pratas e 11 bronzes).

Apenas o judô (22) e a vela (19) somam mais pódios.

No atletismo brasileiro há também grande desigualdade entre homens e mulheres nas conquistas. São 16 medalhas no masculino e apenas 2 no feminino.​

Relembre as medalhas brasileiras nas provas olímpicas de atletismo.

Helsinque-1952 (1 ouro e 1 bronze)

Foi na Finlândia que o Brasil conquistou suas primeiras medalhas no atletismo.

Foram duas. O carioca José Telles da Conceição competia em provas de velocidade e de impulsão. No salto em altura, conquistou o bronze.

Depois, veio o primeiro ouro, com o lendário Adhemar Ferreira da Silva. Paulista, ele conquistou o posto mais alto do pódio no salto triplo, prova que o consagraria para a história do esporte brasileiro.

Melbourne-1956 (1 ouro)

Lá estava novamente José Telles da Conceição, competindo também nos 200 m rasos e no revezamento 4x100 m.

Mas a medalha veio de Adhemar Ferreira da Silva, outra vez no salto triplo, um novo ouro. Tornou-se, assim, o primeiro bicampeão olímpico do Brasil. Ele também foi tricampeão pan-americano (1951, 1955 e 1959).

México-1968 (1 prata)

O Brasil passou mais de 10 anos sem subir ao pódio olímpico no atletismo.

Retornou novamente com o salto triplo, mas dessa vez pelos pés de Nelson Prudêncio.

Natural de Lins, no interior de São Paulo, Prudêncio protagonizou uma épica batalha pela medalha de ouro.

Ele, o soviético Viktor Saneyev e o italiano Giuseppe Gentile conseguiram quebrar o recorde mundial da prova nove vezes durante a final.

O embate acabou com ouro para Saneyev, prata para o brasileiro, então com 24 anos, e bronze para o atleta da Itália.

Munique-1972 (1 bronze)

Quatro anos mais velho, Nelson Prudêncio voltou ao pódio na edição seguinte das Olimpíadas.

O ouro do salto triplo novamente ficou com Viktor Saneyev, e o brasileiro foi bronze —Jorg Drehmel, da Alemanha Oriental, conquistou a prata.

Montreal-1976 (1 bronze)

No Canadá, mais uma vez foi o salto triplo que rendeu ao Brasil uma medalha no atletismo, com João Carlos de Oliveira, o João do Pulo.

Além de recordista mundial no salto triplo, ele foi duas vezes campeão pan-americano da prova e também do salto em distância.

Natural de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, João conquistou o bronze no Canadá.

Moscou-1980 (1 bronze)

Se o Brasil tem tradição brasileira no salto triplo, muito se deve a nomes como Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio e João Carlos de Oliveira.

Os três, além de pioneiros no atletismo brasileiro, também conseguiram um feito e tanto: subir ao pódio em duas Olimpíadas seguidas.

João chegou à União Soviética como recordista mundial, mas terminou com o bronze, atrás de dois atletas da casa: Viktor Saneyev e Jaak Uudmae.

O brasileiro teve dois saltos anulados pela arbitragem olímpica, um deles contestado por especialistas, que defendem não só que a performance foi válida, mas também que renderia um novo recorde a João do Pulo.

Desde então, nunca mais o país subiu ao pódio no salto triplo.

Los Angeles-1984 (1 ouro)

Nos Estados Unidos, pela primeira vez o Brasil subiu ao pódio em provas de velocidade.

E conquistou logo um ouro, com Joaquim Cruz, nos 800 m rasos.

Cruz nasceu em Taguatinga, no Distrito Federal. Levou o Brasil de volta ao topo do pódio no atletismo após 28 anos.

Seul-1988 (1 prata e 1 bronze)

Quatro anos depois, lá estava Joaquim Cruz novamente colocando seu nome no quadro de medalhas do esporte brasileiro.

Mais uma vez nos 800 m rasos, ele conquistou a medalha de prata.

Aquela edição dos Jogos viu o Brasil ter dois medalhistas no atletismo pela segunda vez na história. Graças a Robson Caetano, que conquistou o bronze nos 200 m rasos.

Atlanta-1996 (1 bronze)

Nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, o Brasil ficou sem medalhas no atletismo pela primeira vez em quase 30 anos, desde Tóquio-1964.

Nos Estados Unidos, quatro anos depois, voltou ao pódio e com uma inédita medalha nas competições coletivas.

André Domingos, Arnaldo Oliveira, Edson Luciano e Robson Caetano ficaram em terceiro lugar na final do revezamento 4x100 m e conquistaram o bronze.

Sidney-2000 (1 prata)

Os Jogos Olímpicos disputados na Austrália começaram com uma certeza: os Estados Unidos seriam campeões do revezamento 4x100 m masculino.

Por isso, quando o quarteto formado por André Domingos, Claudinei Quirino, Édson Luciano e Vicente Lenilson cruzou a linha de chegada em segundo lugar, Galvão Bueno comemorou na transmissão como se fosse um título.

Mal sabia o narrador que, anos depois, seria revelado que Tim Montgomery, integrante da equipe dos Estados Unidos, disputara os Jogos de Sidney dopado.

Como Montgomery participou apenas das eliminatórias do revezamento 4x100 m, a medalha de ouro não foi retirada da equipe dos EUA, e o Brasil seguiu com a prata.

Atenas-2004 (1 bronze)

Na edição que as Olimpíadas voltaram para a Grécia, o Brasil ficou marcado por uma das cenas mais emocionantes da história dos Jogos.

Vanderlei Cordeiro de Lima vinha liderando a maratona. Apenas algo extraordinário o impediria de ganhar a prova. O que aconteceu.

O brasileiro foi derrubado por um padre irlandês que invadiu a pista de competição. Com ajuda do público, o fundista conseguiu retornar à pista e ainda terminou a prova em terceiro lugar.

Além de conquistar a primeira e única medalha do Brasil na maratona em Olimpíadas, Vanderlei também foi condecorado com a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria de caráter humanitário-esportivo distribuída pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Pequim-2008 (2 bronzes e 1 ouro)

Na China, pela primeira vez o atletismo brasileiro teve mulheres no pódio.

Rosemar Coelho, Lucimar de Moura, Thaissa Presti e Rosângela Santos conseguiram um histórico bronze no revezamento 4x100 m.

O Brasil também ficou em terceiro na versão masculina da prova, com Vicente de Lima, Sandro Viana, Bruno de Barros e José Carlos Moreira.

Mas não parou por aí. Maurren Maggi se tornou a primeira campeã olímpica do Brasil em Olimpíadas, ao ganhar o ouro no salto em distância.

Foi o auge da carreira da atleta que foi tricampeã pan-americana (1999, 2007 e 2011) e ainda conquistou uma prata no Pan de Winnipeg, em 1999, nos 100 m com barreiras.

Pouco depois de conseguir duas medalhas em duas modalidades diferentes, quando liderava o ranking mundial do salto em distância, Maurren foi afastada do esporte após um exame antidoping detectar em seu organismo uma substância proibida.

Isso aconteceu em 2003, pouco antes dos Jogos de Atenas. Ela ficou mais de dois anos proibida de competir antes de retornar ao esporte.

Rio-2016 (1 ouro)

O Brasil voltou a ficar sem medalhas no atletismo em Londres-2012.

Retornou ao pódio em casa e com um personagem improvável.

Thiago Braz conquistou o ouro no salto com vara, uma prova em que ele sequer era considerado um dos favoritos.

Foi a única medalha do atletismo brasileiro no Rio de Janeiro.

Tóquio-2020 (2 bronzes)

Alison dos Santos, o Piu, tornou-se no Japão o primeiro medalhista brasileiro em provas de velocidade desde 1988, ano em que Joaquim Cruz foi medalhista de prata (800 m rasos) e Robson Caetano levou bronze (200 m).

Aos 21 anos, Alison ficou em terceiro lugar em uma prova histórica dos 400 m com barreiras.

Karsten Warholm, da Noruega, ganhou o ouro. Raj Benjamin, dos Estados Unidos, a prata. Com o tempo de 45s94 e 46s17, respectivamente, o norueguês e o americano correram abaixo do então recorde mundial (47s70).

Piu ficou apenas 2 centésimos atrás da então marca mais rápida da história da prova, mas conseguiu ser o primeiro brasileiro a subir ao pódio nos 400 m com barreiras.

Ouro nos Jogos do Rio-2016, Thiago Braz, do salto com vara, conseguiu outra medalha em Tóquio-2020, desta vez de bronze. Ele conseuiu saltar 5,87m. A prata ficou com o americano Christopher Nielsen, que saltou 5,92 m, e o ouro com o sueco Armand Duplantis, que saltou para 6,02m

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