A Polícia Federal prendeu em Corumbá, Mato Grosso do Sul, a boliviana Celia Castedo Monasterio. Ela trabalhou no plano de voo do avião que caiu ao transportar o elenco da Chapecoense à Colômbia, em novembro de 2016, matando 71 pessoas.
A prisão foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, que determinou a extradição. Ele apontou que a mulher é “procurada pela Justiça boliviana para responder pela suposta prática do crime de atentado contra a segurança do espaço aéreo”.
Responsável pela análise e pela aprovação do plano de voo, Celia se refugiou ainda em 2016 no Brasil, onde permaneceu desde então. Acusada de não observar procedimentos mínimos para o trajeto da aeronave da companhia boliviana LaMia, ela se dizia perseguida na Bolívia após entrevistas concedidas sobre o acidente.
Na ocasião, a controladora afirmou ter alertado o representante da empresa de que a quantidade de combustível seria insuficiente no caso de uma emergência. Segundo ela, o tempo de voo era igual à autonomia do veículo, o que é inadequado.
O avião acabou caindo quando se aproximava do aeroporto de Rionegro, nos arredores de Medellín. A equipe da Chapecoense atuaria na Colômbia contra o Nacional, pela decisão da Copa Sul-Americana. O adversário, então, cedeu-lhe o título da competição.
Ex-funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia (Aasana), Celia permanecerá, por ora, sob custódia da PF. Ela aguarda os trâmites legais para que seja entregue às autoridades bolivianas.
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