Bill Russell, 88, atleta mais vitorioso da história da NBA, morreu neste domingo (31). Sua morte foi anunciada por meio de uma publicação de sua família no Twitter.
Russell é um dos maiores ídolos da história do Boston Celtics. Em 13 temporadas disputadas pelo time, chegou a 12 finais da NBA e venceu 11. Oito dessas conquistas foram consecutivas, entre 1959 e 1966. Ele jamais jogou por outra franquia da NBA.
Russell também foi eleito o MVP ("Most Valuable Player") da NBA —prêmio de melhor jogador do torneio— cinco vezes.
Ele ainda se tornou o primeiro negro a comandar uma equipe de basquete profissional na história dos Estados Unidos. Treinou o próprio Boston Celtics, o Seattle Supersonics e o Sacramento Kings.
De acordo com o comunicado de sua família, Russell morreu em paz, ao lado de sua esposa, Jeaninne.
Russell também foi um ativista. Em 1961, quando ainda jogava, chegou a boicotar uma partida para protestar contra "a discriminação tolerada por tempo demais". Em 2010, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade.
Barack Obama, que lhe entregou a medalha quando era o presidente norte-americano, lamentou sua morte. Afirmou que Bill foi o maior campeão da história do basquete e que, fora das quadras, foi um pioneiro na luta pelos direitos civis, citando seu apoio a Martin Luther King e Muhammad Ali.
Quando Donald Trump, em 2017, criticou os jogadores de futebol americano que se ajoelhavam antes da partida como forma de protesto, Russell publicou uma foto dele mesmo ajoelhado, com a medalha dada por Obama no peito.
A NBA também se manifestou sobre a morte do ex-atleta. Adam Silver, comissário da associação, afirmou que Bill "representou algo muito maior do que os esportes: os valores de igualdade, respeito e inclusão que ele estampou no DNA de nossa liga". Segundo ele, a influência de Bill será sentida para sempre.
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