Lewandowski é a arma para reviver a Polônia na Copa do Mundo

Melhor do planeta em 2020 e 2021 vai tentar fazer a seleção chegar às oitavas

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São Paulo

Na última vez em que a Polônia passou da fase de grupos da Copa do Mundo, o Brasil tinha Sócrates no meio-campo e Josimar na lateral direita. Foram dois dos jogadores a fazer gols nos 4 a 0 da equipe sul-americana sobre os europeus nas oitavas de final em 1986.

Uma das cenas marcantes daquela partida foi o soco dado por Marek Ostrowski no estômago de Sócrates antes da cobrança de um escanteio. Em anos pré-VAR, o lance não foi visto pela arbitragem e nada aconteceu.

Robert Lewandowski dá camisa para torcedor após vitória da Polônia sobe País de Gales pela Liga das Nações
Robert Lewandowski dá camisa para torcedor após vitória da Polônia sobe País de Gales pela Liga das Nações - Geoff Caddick - 25.set.22/AFP

Eram anos em que a Polônia vivia transição que a colocaria como equipe periférica do futebol após uma década de bonança. Foi o fim da geração de Lato, Zmuda e depois Boniek, que havia sido terceira colocada nos Mundiais de 1974 e 1982 e chegado à fase semifinal (em grupo de quatro equipes) em 1978.

Mas mesmo na época de ouro os poloneses não tinham uma arma ofensiva tão letal quanto o time de 2022. A Copa do Mundo do Qatar poderá ser a última oportunidade para Robert Lewandowski, 34, obter um resultado expressivo com o seu país.

Duas vezes melhor do mundo pela Fifa (2020 e 2021), ele venceu neste mês o prêmio de principal atacante da temporada passada, dado pela revista francesa France Football durante a cerimônia da Bola de Ouro.

Não será o primeiro Mundial de Lewandowski. Ele estava presente na Rússia, há quatro anos, mas não foi suficiente para fazer a Polônia se classificar em grupo que também tinha Senegal, Japão e Colômbia.

"A pressão que vem com a expectativa dos nossos torcedores e de todo o país é enorme, e estou consciente disso. Eu tenho e quero sentir-me motivado para mostrar a eles o que posso fazer no campo. Tenho de sempre encontrar a solução e tentar dar o meu melhor", disse o atacante em entrevista para o site da Fifa.

Não será uma tarefa fácil. Embora a Arábia Saudita seja considerada um rival fraco no Grupo C, a equipe também terá pela frente a Argentina, de Lionel Messi, e o México, que se classificou para as oitavas de final nos últimos sete torneios. A estreia será diante dos mexicanos, em 22 de novembro.

Quem considerar que a favorita para terminar em primeiro é a Argentina vai perceber que a rodada inicial é a mais decisiva para a Polônia.

Se estão distante da qualidade técnica da seleção que derrotou o Brasil na disputa pelo terceiro lugar na Copa de 1974, os poloneses vão ao Qatar com uma base experiente e acostumada a partidas importantes nos campeonatos europeus. Mesmo que não sejam peças tão confiáveis assim, como o goleiro Wojciech Szczesny, 32, da Juventus (ITA), jogador que marcou a carreira por grandes defesas seguidas por falhas minutos depois.

Em todos os setores do elenco há nomes experientes. Na defesa, deverá aparecer Kamil Glik, 34, do Benevento (ITA). No meio-campo, são esperadas as convocações de Grzegorz Krychowiak, 32, do Al Shabab (ARS). No ataque, Krzysztof Piatek, 27, da Salernitana (ITA), e Arkadiusz Milik, 28, da Juventus (ITA), são candidatos a ajudar Lewandowski na frente.

Além da escolha óbvia do camisa 9, quem deve chamar a atenção na equipe é o meia Piotr Zielinski, 28, do Napoli. Ele é um dos principais nomes de armação da campanha da equipe líder do Campeonato Italiano.

O esquema tático do técnico Czeslaw Michniewicz, 52, contempla um 4-2-3-1 para dar maior estabilidade defensiva e fazer a bola chegar a Zielinksi, que tem a função de municiar Lewandowski no ataque.

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