Antes rival temido, Espanha sai da Copa com uma vitória

No início do Mundial, seleção europeia era apontada como adversária do Brasil nas quartas

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São Paulo

Mesmo antes do início da Copa do Mundo no Qatar, as projeções apontavam para um possível confronto entre os primeiros colocados dos grupos E e G nas quartas de final, ou seja, um Espanha (ou Alemanha) contra o Brasil.

Alguns analistas-sonhadores-videntes projetavam verdadeiras batalhas com os brasileiros enfrentando apenas campeões mundiais até a final: Uruguai nas oitavas de final, Espanha nas quartas, Argentina na semi (ainda possível) e França na decisão (vai saber…).

Técnico Luis Enrique reage durante jogo em que Espanha perdeu para Marrocos nos pênaltis nas oitavas de final da Copa do Qatar
Técnico Luis Enrique reage durante jogo em que Espanha perdeu para Marrocos nos pênaltis nas oitavas de final da Copa do Qatar - Dylan Martinez/Reuters

Passada a primeira rodada, o duelo com a Espanha parecia não só marcado como temido. Afinal, enquanto o Brasil vencia a Sérvia em jogo duro, no qual Neymar e Danilo deixaram o campo lesionados, a Espanha massacrava a Costa Rica por impiedosos 7 a 0, no jogo de maior imposição entre duas seleções no Qatar —mais até do que o Inglaterra 6 x 2 Irã. Antes dos 15 minutos do segundo tempo, o técnico pop-streamer Luis Enrique já estava poupando seus titulares, e revezando seus jovens jogadores, rápidos e habilidosos.

O profético encontro continuava bem desenhado após a segunda rodada, com o Brasil praticamente definindo o primeiro lugar em sua chave com a vitória contra a Suíça por 1 a 0; enquanto os espanhóis, com algumas mudanças na equipe, empataram por 1 a 1 com os alemães, em duelo no qual tiveram o controle na maioria do tempo.

"Se há alguma seleção melhor que a Espanha? Futebolisticamente, não, claramente. Temos favoritas como a França e o Brasil, mas não surpreendem ninguém", declarou Luis Enrique em uma live no Twitch, espalhando o terror nas outras 31 delegações.

De fato, àquela altura os bolões se construíam com a Espanha seguindo até a fase final. Mas então veio a terceira rodada da fase de grupos. O Brasil perdeu com time reserva, em jogo que acabou não fazendo diferença contra Camarões. Mas a Espanha voltou a sair na frente e não vencer. Pior, levou a virada contra o Japão, que tirou os espanhóis da liderança e, consequentemente, do caminho do Brasil.

Nas oitavas de final, os espanhóis foram travados pelo competente jogo posicional de Marrocos. Rodearam e trocaram muitos passes, como o Barcelona (já treinado por Luis Enrique) nos bons tempos. Mas quase não conseguiam finalizar. Nos pênaltis, finalizaram e não marcaram, 3 a 0 para Marrocos.

"Eles [marroquinos] fizeram o seu jogo, correu bem para eles, foram melhores do que nós na cobrança de pênaltis. Estão de parabéns. Os jovens têm de aprender a perder também, independentemente de merecerem ou não", analisou o treinador à televisão pública espanhola.

Um dia antes, o Brasil atropelou a Coreia do Sul em seu melhor jogo na Copa, com Neymar voltando e o ataque coletivo funcionando.

De temida, a Espanha volta para casa com apenas uma vitória em quatro jogos —além de dois empates e uma derrota.

Já o Brasil chegou até as quartas de final, e encara nesta sexta (9) a Croácia, que eliminou o Japão, o primeiro do Grupo E.

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