Descrição de chapéu Pelé, o Edson

Dona Celeste, a mãe centenária de Pelé

Cortejo antes do enterro passará na frente da casa da mãe do Rei

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Santos | AFP

Celeste Arantes, a mãe de Pelé, completou 100 anos no dia 20 de novembro, dia em que começou a Copa do Mundo do Qatar. Embora ela não saiba da morte do Rei do futebol, o cortejo fúnebre em Santos nesta terça-feira (3) passará por sua casa antes do enterro.

Dona Celeste tinha 17 anos em 23 de outubro de 1940 quando deu à luz o filho mais velho, que se tornaria o melhor jogador de futebol da história com 1.283 gols e o inédito feito de três Copas do Mundo conquistadas.

Casada com João Ramos do Nascimento aos 16 anos, ela teve depois Jair ('Zoca'), que morreu em 2020 de câncer, a mesma doença que matou o Rei na última quinta-feira (29). A filha mais nova é Maria Lúcia, com quem mora em Santos.

Pelé, sua mãe, Celeste, e o pai, Dondinho - Acervo UH - 1962/Folhapress

Dona Celeste sempre se dedicou a cuidar de seus três filhos.

"Ela está bem, embora esteja em seu mundinho (...) consciente [de que seu filho] não está presente", disse Maria Lúcia ao canal ESPN na sexta-feira (30).

"Obrigado, mãe"

Na ocasião do aniversário da mãe, Pelé fez uma série de publicações em suas redes sociais. "Desde criancinha, ela me ensinou o valor do amor e da paz. Eu tenho muito mais de uma centena de motivos para agradecer por ser o seu filho. Compartilho essas fotos com vocês, com muita emoção por celebrar este dia. Obrigado por todos os dias ao seu lado, mãe", escreveu o ex-craque no Instagram.

Pelé acompanhou a publicação com três fotos de mãe e filho em momentos diferentes, nas quais se vê uma senhora baixinha, com grande semelhança com o ex-astro.

Nove dias depois, o jogador deu entrada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde faleceu.

Uma Copa de presente

Pelé perdeu o pai, conhecido como Dondinho, em novembro de 1996.

O ex-astro costumava dizer que prometeu ao pai que ganharia uma Copa do Mundo depois de vê-lo chorar após o Maracanazo: a vitória do Uruguai de virada por 2 a 1 sobre o Brasil na final do Mundial de 1950, disputada no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Além de conquistar a primeira taça para a seleção brasileira na Suécia-1958, Pelé deu a Dondinho, também ex-jogador de clubes como o Atlético-MG, e aos brasileiros outros dois troféus do Mundial: Chile-1962 e México-1970.

Apesar de sua trajetória incomparável, o ex-astro aprendeu a virtude da modéstia com seus pais.

"Nunca pensei que eu fosse melhor ou mais do que ninguém. É a educação que tive", explicou ele no documentário da Netflix "Pelé".

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