Niemann se estabelece como 'bad boy' do xadrez e luta contra fama de trapaceiro

Questões comerciais levantam dúvida sobre motivos das acusações de má-fé em triunfo sobre campeão mundial

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David Segal Dylan Loeb McClain
The New York Times

Um dia antes de derrotar o maior jogador de xadrez do mundo, Hans Niemann era um norte-americano de 19 anos de cabelos cacheados, conhecido apenas por fãs sérios do jogo e principalmente como um idiota agressivo. Há incontáveis episódios, como ocasião em que perdeu um torneio em praga, ficou no salão do hotel onde o evento foi realizado e vociferou contra a cidade e as acomodações.

"Tentei falar com ele sobre isso", disse Jacob Aagaard, um grande mestre dinamarquês que ensinou Niemann e o conhece há anos. A conversa não ajudou. Niemann ignorou todos os conselhos, prevendo que logo jogaria em um nível tão excepcional que seria convidado para torneios, por mais que se comportasse de forma grosseira.

Em 4 de setembro, Niemann derrotou Magnus Carlsen, um norueguês de 32 anos de temperamento equilibrado que se tornou um grande mestre aos 13, ganhando cinco títulos mundiais e o apelido de "o Mozart do xadrez".

Hans Niemann causou alvoroço no mundo do xadrez em 2022 - Tim Vizer - 6.out.22/AFP

A derrota para Niemann ocorreu na Sinquefield Cup, um prestigioso torneio "round-robin" (todos contra todos) em Saint Louis. Carlsen não aceitou esse revés em silêncio. Em vez disso, acusou seu adversário de trapacear, embora não o tenha dito abertamente. Ele anunciou em um tuíte que estava desistindo da copa e anexou um videoclipe do técnico de futebol José Mourinho dizendo: "Se eu falar, estarei em apuros".

A implicação de trapaça foi tão óbvia que os organizadores da Sinquefield rapidamente adicionaram um atraso de 15 minutos à transmissão online dos jogos, e os jogadores foram submetidos a um verificador de radiofrequência. Isso alimentou a especulação de que Niemann estava recebendo ajuda de algum dispositivo eletrônico oculto em seu corpo, ou talvez dentro dele.

Quando Niemann se sentou para uma entrevista após o jogo com um comentarista da Sinquefield, dois dias depois, estava furioso. Sim, ele confessou ter trapaceado na Chess.com, a maior plataforma de jogo online, uma vez quando tinha 12 anos e novamente aos 16, para expandir seus seguidores online e competir contra jogadores melhores. Mas disse ter aprendido a lição e lutou pela redenção.

Ele afirmou enfaticamente que nunca havia trapaceado numa partida ao vivo. Com a internet cheia de teorias de que ele havia usado um "brinquedo sexual" para receber sinais de um cúmplice, estava disposto a tomar medidas drásticas para provar sua inocência.

"Eles querem que eu fique totalmente nu? Farei isso", esbravejou. "Não me importo, porque sei que estou limpo. Você quer que eu jogue numa caixa fechada com transmissão eletrônica zero? Não me importo, sabe? Digam o que vocês querem."

Foi o início bizarro de um tumulto que ainda ressoa no mundo do xadrez, hoje vasto em podcasts, streams e canais do YouTube. A modalidade disparou em popularidade com a pandemia e o sucesso da série "O Gambito da Rainha", na Netflix. Desde o início de 2020, o número diário de usuários quintuplicou para 5 milhões na Chess.com, e as assinaturas triplicaram para 94 milhões, de acordo com a plataforma.

O site se tornou o ponto de encontro virtual, arquibancada para espectadores e local preferido de jogadores de todos os níveis. Assim, a marca de trapaceiro em Niemann ficou ainda mais forte depois que a Chess.com divulgou um relatório de 72 páginas no início de outubro, concluindo que ele havia trapaceado em mais de cem jogos em sua plataforma. Então foi mais longe. A ascensão de Niemann nas fileiras do xadrez "over-the-board", como é conhecida a versão ao vivo do jogo, foi "atípica", afirmou o relatório, dando a entender que ele havia trapaceado em torneios ao vivo.

Em suma, o enxadrista mais talentoso, jamais conhecido como mau perdedor, havia denunciado um trapaceiro confesso. E a plataforma mais poderosa e popular do jogo disse, de fato: "Estamos com Magnus".

Um alvoroço se seguiu. Por baixo dele, era fácil não notar os fatos que complicavam a narrativa. Uma semana e meia antes de Carlsen perder em Saint Louis, a Chess.com divulgou uma oferta de US$ 82 milhões (R$ 419 milhões, na cotação atual) por sua empresa de treino de xadrez online, a Play Magnus, aquisição concluída em dezembro que essencialmente a transformou no ativo mais valioso da Chess.com.

E, à medida que mais grandes mestres estudaram o famoso jogo, formou-se um consenso. Niemann parecia simplesmente superar Carlsen, com movimentos que pareciam perfeitamente humanos.

Alguém foi injustiçado em Saint Louis em 4 de setembro. Mas quem?

"Aqui está a ressalva: eu realmente não gosto nada de Hans e não gosto dele há muito tempo", disse Ben Finegold, um grande mestre que ensinou Niemann. "Mas obviamente a verdade é mais importante do que se você gosta de alguém."

American teenager Hans Niemann defeated Magnus Carlsen, the worldÕs best chess player, this fall. Then Carlsen accused his opponent of cheating. ItÕs either overdue justice or paranoia. (Sean Dong/The New York Times) Ñ FOR EDITORIAL USE ONLY WITH NYT STORY SLUGGED CHESS CHEATING BY DAVID SEGAL and DYLAN LOEB McCLAIN FOR DEC. 4, 2022, 2022. ALL OTHER USE PROHIBITED. Ñ
Mundo do xadrez foi sacudido por Niemann x Carlsen - Sean Dong/NYT

Todo esse conflito será travado em um processo de difamação de US$ 100 milhões (R$ 511 milhões) que Niemann abriu em um tribunal distrital no Missouri no final de outubro contra Carlsen, a Chess.com e Hikaru Nakamura, um dos melhores jogadores do mundo e o streamer mais influente do jogo, que, segundo o processo, ampliou a acusação de trapaça em seu popular canal no Twitch. O objetivo do litígio, escreveram os advogados em sua queixa, é "recuperar-se dos danos devastadores que os réus infligiram às suas reputação, carreira e vida ao difamá-lo de maneira flagrante".

Os advogados da Chess.com entraram com uma moção para rejeitar o caso de Niemann e o chamaram de "golpe de relações públicas". Nenhum dos jogadores que fazem parte desse processo quis discuti-lo para esta reportagem.

O processo sugere que Niemann lidará com a sombra sobre seu nome da mesma forma que joga xadrez –atacando. Desde o início, ele preferiu uma abordagem de jogo de intimidar e falar mal.

Um grande mestre e ex-treinador russo chamado Maxim Dlugy o encontrou pela primeira vez em campeonato juvenil em 2014, em Durban, na África do Sul, e se lembra de um menino de 11 anos vencendo jogos apenas por diversão contra treinadores da Bélgica. O menino zombou deles com tanta crueldade que eles quiseram esmurrá-lo.

"Um dos caras da família que me contratou teve que entrar e dizer: ‘Ei, pessoal, calma. Ele é uma criança; é uma criança’", lembrou Dlugy. "Foi grave assim."

Niemann nasceu em San Francisco em 2003 e começou a jogar xadrez aos oito anos de idade na Holanda, para onde sua família se mudou por alguns anos. Quando os Niemann voltaram à região de San Francisco, Dlugy lhe deu aulas pelo Skype.

"Ele era um dos garotos mais talentosos que conheci", afirmou Dlugy. "Simplesmente incrível. Dê a ele as informações certas, e ele imediatamente as absorve. Como uma esponja."

Na época em que Niemann estava na oitava série, sua família havia se mudado para Connecticut, e ele alcançou uma classificação de 2.400, 100 pontos abaixo do nível para se qualificar para grande mestre –o órgão regulador do jogo, a Federação Internacional de Xadrez, conhecida por sua sigla francesa, Fide, gerencia as classificações.

Quando a busca de Niemann pelos 2.500 estagnou por mais de dois anos, começou a fase de amor e ódio de seu relacionamento com o xadrez. Ele ainda oscila entre a arrogância extrema após bons resultados e o profundo desespero com os resultados ruins.

"O fato de eu estar vivo é um milagre", afirmou, meio a sério, em um bate-papo pós-jogo com um entrevistador do torneio em maio. "Depois que perdi este primeiro jogo, acho que estava realmente pronto para ir para o oceano e nunca mais voltar."

A Covid-19 surgiu no meio do primeiro ano de Niemann na Columbia Prep, escola de Nova York para a qual ganhou bolsa e ele começou a frequentar as aulas online. Também jogou xadrez virtual em maratonas, parando apenas para comer "junk food". Conquistou seguidores para seu canal no Twitch, um espetáculo fascinante, ganhasse ou perdesse. Ele gritava obscenidades freneticamente e batia na mesa, fazendo com que a câmera de seu laptop saltasse como se fosse um terremoto.

"Como eu sou tão bom neste jogo?", perguntou, retoricamente, à beira de uma vitória. "Oh. Meu. Deus! Abaixe-se e faça uma reverência!"

Havia um lado caloroso e vulnerável em Niemann, familiar aos conhecidos. Logo depois de se mudar para Nova York, ele foi trabalhar para Shernaz Kennedy, 68, uma máster internacional e confidente do ex-campeão mundial Bobby Fischer. Ela contratou Niemann para lecionar em sua escola de xadrez, que funcionava no porão de uma igreja.

"Eu tinha, tipo, 30 crianças de todas as escolas e níveis diferentes, e ele tinha todos dominados. Ele se sentava com eles, dando 100% de si mesmo.", contou Kennedy.

Em reuniões de outros jogadores fortes, porém, o Niemann impetuoso e arrogante vinha à tona –interrompendo seus colegas, fazendo perguntas engraçadas aos professores.

Então ele deixou o emprego de professor, arrumou uma pequena mala e começou cerca de dois anos de viagens ininterruptas pelo mundo para jogar em torneios e exibições.

‘Algo suspeito’

A saga da trapaça começa algumas semanas antes da Sinquefield Cup, em agosto, na FTX Crypto Cup em Miami. Niemann era o jogador com pior classificação no torneio e fez algo improvável: venceu Carlsen com as peças pretas, que têm a desvantagem de se mover em segundo lugar.

Foi uma vitória que marcou sua carreira e teria feito a maioria dos jogadores comemorar como se tivessem acabado de ganhar na loteria. Em vez disso, Niemann olhou fixamente para o entrevistador do torneio, que se aproximou com um microfone imediatamente após o jogo e pediu sua opinião.

"O xadrez fala por si", disse Niemann, impassível. Então foi embora.

Se a perda ou aquela resposta confundiu Carlsen, ele escondeu bem. Venceu os três jogos seguintes contra Niemann e depois todo o torneio.

A Sinquefield Cup começou em 1º de setembro. Os dois se enfrentaram na terceira rodada e jogaram o que hoje é uma das partidas mais dissecadas na história do xadrez –não apenas os movimentos mas o comportamento dos jogadores. Logo no início, com o relógio correndo, Niemann olha distraidamente ao redor na sala enquanto bebe água –a imagem da facilidade. Ele masca chiclete. A certa altura, olha furioso para Carlsen como um canibal tentando encarar seu jantar. Carlsen cobre todo o rosto, exceto os olhos, tentando desligar o universo.

Os grandes mestres que estudam o jogo disseram que a abertura do campeão careceu de vigor e falhou como tentativa de desequilibrar o oponente. Niemann conservou cuidadosamente uma vantagem inicial da qual nunca abriu mão. Carlsen é tido como um gênio para contornar situações difíceis. Não dessa vez. Uma sequência invencível de mais de 50 jogos de xadrez "over-the-board" tinha terminado.

Magnus Carlsen tem relação comercial com a Chess.com - Sylvia Lederer - 14.jan.23/Xinhua

Niemann deu uma entrevista para um comentarista do torneio, e ela rapidamente se tornou a prova principal para os céticos. Ele disse que, "por algum milagre", antes do jogo estudou como contra-atacar a abertura que Carlsen havia adotado, embora, segundo observadores posteriores, Carlsen raramente a usasse. Ou nunca a tivesse usado, na avaliação de outros.

E, por razões que confundiam a todos, Niemann falava de vez em quando na entrevista com um sotaque europeu indefinido, aumentando a sensação geral de impostura. Não ajudou que ele parecesse desagradável. Foi-se o ríspido e insensível Hans de Miami, e em seu lugar estava um menino travesso que insultava Carlsen e a si próprio ao mesmo tempo.

"Mesmo que houvesse um empate, acho que ele ficou tão desmoralizado porque perdeu para um idiota como eu, sabe?", disse ele, parecendo envergonhado e exultante. "Deve ser constrangedor para o campeão mundial perder para mim. Eu me sinto mal por ele."

Os jogadores sabiam que Niemann era bom. Ele foi oficialmente premiado com o status de grande mestre em janeiro de 2021, e em maio de 2022 estava entre os 50 melhores jogadores do mundo. Mas era bom para derrotar Magnus com as peças pretas?

O grande mestre Fabiano Caruana enquadrou o assunto de forma sucinta.

"Ou é o jogo de um gênio", disse ele em um podcast, "ou algo suspeito".

Um erro infantil

Se Niemann havia trapaceado na Sinquefield Cup, ninguém sabia como. Mas, quando ele se sentou para outra entrevista pós-jogo, em 9 de setembro, a Chess.com havia enviado um email para lhe dizer que sua conta tinha sido suspensa novamente e que seu convite para o Campeonato Global Chess.com fora rescindido.

Furioso, Niemann chamou o tuíte enigmático de Carlsen e a suspensão da Chess.com de "ataque direcionado". Se os líderes da empresa achavam que ele sentiria vergonha por admitir publicamente suas transgressões passadas e se defender, estavam errados.

Ele explicou que havia trapaceado: aos 12 anos em um único evento com premiação em dinheiro; aos 16, para atrair assinantes para sua transmissão no Twitch.

"Eu cometi um erro infantil e terei que viver com isso", afirmou. Desde então, disse, não trapaceou e se atirou no xadrez, por redenção e para demonstrar a si mesmo e a todos que não precisava de inteligência artificial para competir com os maiores jogadores do mundo.

"Essa tem sido minha missão. E é por isso que vivo em uma mala há dois anos, é por isso que joguei 260 jogos em um ano, é por isso que estou treinando 12 horas por dia –porque tenho algo a provar"

A polêmica tinha apenas começado. Em 19 de setembro, Carlsen teve uma revanche contra Niemann na Julius Baer Generation Cup, torneio online que começou com um "round robin". Carlsen fez uma jogada e depois desistiu. Ele perdeu aquele jogo, mas permaneceu no torneio, que venceu, e no dia 26 de setembro divulgou no Twitter um comunicado, explicando-se.

"Acredito que Niemann trapaceou mais –e mais recentemente– do que admitiu em público", escreveu Carlsen. "Seu progresso no tabuleiro tem sido incomum, e, ao longo de nosso jogo na Sinquefield Cup, tive a impressão de que ele não estava tenso ou mesmo totalmente concentrado no jogo em posições críticas, enquanto me superava como preto de uma maneira que acho que só um punhado de jogadores pode fazer."

Na semana seguinte, a Chess.com divulgou seu relatório sobre Niemann, e foi desanimador. Segundo a plataforma, Niemann não apenas trapaceou em mais de cem jogos no site como também mentiu sobre seu passado. Ele teria trapaceado em eventos com dinheiro em jogo quatro vezes, não uma.

Para chegar a suas conclusões, a empresa conversou com a maior autoridade em trapaça e xadrez, Kenneth Regan, professor de ciência da computação na Universidade de Buffalo, em Nova York, e teórico da complexidade computacional. Em um ponto essencial, porém, ele discordou.

A Chess.com descreveu Niemann como "o melhor jogador de xadrez Clássico OTB na história moderna". Especificamente, a empresa descobriu que o tempo que ele levou para subir de uma classificação de pouco menos de 2.500 para quase 2.700 –a linha que separa os jogadores de elite do mundo de todos os outros– foi menor do que o de todos os seus contemporâneos. Levou cerca de 18 meses.

A Chess.com, porém, não levou em conta o que chamou de atraso da pandemia. Os torneios ao vivo cessaram com o aumento das infecções por Covid-19. Então, durante meses, Niemann jogou quantidades malucas de partidas de xadrez online, o que não afeta a classificação Fide de um jogador. Quando os torneios ao vivo recomeçaram, ele parecia um aluno que estudou sem parar mas não tem uma prova para mostrar o que aprendeu.

Adicione o tempo de inatividade imposto pela pandemia e a subida de 2.500 para quase 2.700 na verdade levou 27 meses –o mesmo que muitos outros jogadores talentosos. Além disso, Niemann disputou 259 partidas oficiais no ano passado. (Em contraste, Carlsen jogou 41.) Como vários grandes mestres observaram, considere o grande número de jogos de Niemann, e seu progresso parece impressionante, mas não extraordinário.

Quanto aos jogos "over-the-board" de Niemann, Regan estudou muitos deles, e nenhum mostrou evidências de trapaça.

"Alegações exageradas, completamente injustas", disse ele.

Magnus Carlsen duela com Hans Niemann em Saint Louis - Crystal Fuller - 4.set.22/Grand Chess Tour

O relatório da Chess.com chega ao mesmo lugar. Embora tenha afirmado claramente que Niemann havia trapaceado no jogo online no início de sua carreira, depois de muitas tabelas e gráficos que examinam com desconfiança o que aconteceu quando Niemann competiu em torneios presenciais, o relatório chega a esta conclusão: "Não há nada em nossa investigação estatística que levante quaisquer alertas".

O que levanta a questão de por que o relatório era necessário. A empresa não cita nenhum exemplo de trapaça de Niemann na Chess.com desde 2020 e, por fim, exonera seu jogo "over-the-board". O pior que se pode dizer sobre o assunto é que "certos aspectos" do jogo de 4 de setembro contra Carlsen "eram suspeitos", embora não diga quais foram. Ao impedi-lo de entrar no site novamente e no torneio Chess.com Global Championships em outubro, parece que ele foi condenado duas vezes pelos mesmos crimes anteriores a 2022.

"Não há qualquer evidência no relatório de que Hans trapaceou recentemente, então é muito estranho", disse Finegold, o grande mestre que mora no subúrbio de Atlanta. "Parece que eles querem confirmar o que Magnus está dizendo por motivos comerciais."

A empresa fez isso, dizem Finegold e outros críticos, com um propósito muito mundano. Qualquer mancha deixada sobre Carlsen mancharia os mais de R$ 400 milhões gastos para adquirir a Play Magnus.

Mentira, dizem os executivos da Chess.com. A empresa afirma que desejava manter sua proibição a Niemann privada, mas ele a divulgou naquela entrevista da Sinquefield e foi desonesto sobre suas trapaças anteriores no site.

Uma investigação completa sobre o jogo de Niemann na Sinquefield Cup, e a reação de Carlsen, está em andamento na Fide. Quanto ao caso de difamação, sem um acordo rápido, poderá levar anos para ser resolvido.

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