Descrição de chapéu basquete

Jogador brasileiro é ofendido em jogo de basquete na Espanha

Mulher chama Yago de 'mono', macaco em espanhol, repetidas vezes

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São Paulo

O armador Yago, 23, da seleção brasileira de basquete, foi hostilizado em um jogo na Espanha. Defendendo as cores do Ratiopharm Ulm, da Alemanha, ele foi ofendido por uma torcedora do Club Joventut Badalona, em Badalona, em partida válida pela EuroCup realizada na última terça-feira (7).

Imagens mostram a mulher gritando repetidas vezes na direção do atleta. Posicionada perto da linha lateral, ela diz a palavra "mono", macaco, aos risos. Esses vídeos circularam na Espanha e geraram reação de jornalistas, atletas e até do Joventut Badalona, que disse rejeitar "veementemente qualquer comportamento […] ofensivo, racista e/ou xenófobo".

O clube declarou ter levado as imagens às autoridades competentes. Já Yago afirmou não ter percebido os xingamentos no calor da partida. Quando tomou conhecimento, mostrou revolta, cobrou providências à organização do campeonato e prometeu que passará a jogar também por quem sofre com o racismo.

"Graças a Deus, não ouvi na hora, porque não sei qual seria a minha reação. Nunca havia passado por isso na minha vida no Brasil nem em outros países. Não consigo entender o motivo. É revoltante e triste, estamos muito longe da conscientização de que não há espaço para esse tipo de atitude", declarou, em comunicado.

O jogador recebeu apoio de velhos companheiros, como Rafael Hetssheimeir, com quem atuou no Flamengo, e de Aleksandar Petrovic, que foi seu técnico na seleção. "As ofensas sofridas por Yago são absolutamente condenáveis, e os meliantes deveriam ser expulsos do estádio para sempre", publicou o croata.

O armador brasileiro Yago, do Ratiopharm Ulm, da Alemanha
O armador Yago Mateus, em ação pelo alemão Ratiopharm Ulm - Divulgação

A CBB (Confederação Brasileira de Basketball) publicou uma nota de repúdio e disse que vai enviar à organização da EuroCup um pedido de investigação "para que os responsáveis pelo crime sejam identificados e punidos na esfera esportiva e na civil". O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) condenou a torcedora: "Que ela seja punida!".

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