Batida pelo Senegal, seleção brasileira leva quatro pela primeira vez desde o 7 a 1

À espera de Carlo Ancelotti, formação verde-amarela perde amistoso para equipe africana em Portugal

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São Paulo

O Brasil não levava quatro gols em uma partida desde a dolorosa derrota por 7 a 1 para a Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo de 2014. Nesta terça-feira (20), em amistoso realizado na cidade de Lisboa, em Portugal, o Senegal superou a formação verde-amarela por 4 a 2.

Embora a seleção tenha um retrospecto amplamente favorável contra equipes africanas, isso não tem se refletido no ciclo iniciado após a última Copa do Mundo, no Qatar. Venceu apenas uma de três partidas, contra a modesta Guiné, 79ª no ranking da Fifa (Federação Internacional de Futebol), e acumulou duas derrotas: contra o Marrocos, em março, e agora diante dos senegaleses.

No estádio Alvalade, Paquetá abriu o placar, mas a virada veio com gols de Diallo, Marquinhos (contra) e Mané. O próprio Marquinhos chegou a diminuir a diferença, mas Mané, de pênalti, nos acréscimos, fechou a contagem.

Sarr e Mendy celebram gol do Senegal em Lisboa - Patricia de Melo Moreira/AFP

O encontro desta terça foi apenas o segundo entre brasileiros e senegaleses. No primeiro, também em amistoso, as seleções empataram por 1 a 1, em 2019. Contra equipes africanas, apesar da derrota, o Brasil ainda mantém um histórico bem favorável, com 34 vitórias, dois empates e quatro derrotas.

Foi o último compromisso da seleção brasileira antes do início das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Em setembro, o Brasil enfrentará a Bolívia, em casa, e o Peru, fora.

Até lá, é esperado que o nome de Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, seja confirmado oficialmente como novo técnico do Brasil.

Embora não haja até o momento um anúncio por parte da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a entidade tem um acordo verbal com o treinador italiano para que ele assuma o comando da equipe após o término de seu contrato com o clube da Espanha, em junho de 2024.

Dirigentes ligados ao presidente da confederação, Ednaldo Rodrigues, admitem que o cenário não é o ideal, uma vez que o treinador iniciará seu trabalho depois de seis das 18 rodadas das Eliminatórias, além de ao menos mais uma janela de datas reservadas para amistosos, entre 18 e 26 de março.

Seis meses depois da queda nas quartas de final do último Mundial, no Qatar, diante da Croácia, quando o técnico Tite deixou o cargo, o Brasil fez três amistosos sob o comando interino de Ramon Menezes: perdeu para o Marrocos (2 a 1), venceu a Guiné (4 a 1) e perdeu para o Senegal.

Não está claro se o interino fará parte do período de transição até a esperada chegada de Ancelotti ou voltará para a seleção sub-20.

Enquanto a situação não é resolvida pela CBF, amistosos como o desta terça são importantes para atletas que almejam fazer parte do grupo que será entregue a Ancelotti.

Diante do Senegal, o Brasil começou bem e abriu o placar logo aos dez minutos com Lucas Paquetá, de cabeça, após assistência de Vinicius Junior. Vinicius também descolou um pênalti pouco depois, mas o lance acabou anulado por impedimento.

Na sequência, a equipe africana cresceu no jogo e igualou o placar com Diallo, que acertou um chute bonito de primeira, após rebatida dentro da área, aos 21.

Marquinhos disputa a bola durante partida entre Brasil e Senegal
Marquinhos batalha com atletas do Senegal no Alvalade - Patricia de Melo Moreira/AFP

Na volta do intervalo, logo aos seis minutos, os senegaleses conseguiram virar em gol contra de Marquinhos —ele desviou a bola na direção da rede em tentativa de interceptar cabeçada de Sarr. Antes de que pudesse se recompor, o Brasil levou o terceiro, em linda finalização de Mané, do bico da grande área, aos nove minutos.

Só então a seleção brasileira começou a reagir: Marquinhos fez um gol a favor, aos 12. A recuperação não foi adiante. Pior, antes do fim, o Senegal ainda chegou ao quarto gol, de pênalti, com Mané, nos acréscimos.

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