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Corinthians busca virada e conquista o quinto Brasileiro feminino com Arthur Elias

Time alvinegro supera a Ferroviária no segundo jogo da final na Neo Química Arena

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Jogadoras do Corinthians festejam a conquista do Campeonato Brasileiro Carla Carniel

Jogadoras do Corinthians festejam a conquista do Campeonato Brasileiro Carla Carniel Danilo Verpa/Folhapress

São Paulo

O Corinthians aumentou ainda mais a sua hegemonia no Campeonato Brasileiro feminino. Neste domingo (10), o time alvinegro venceu a Ferroviária, de virada, por 2 a 1, e conquistou o torneio nacional pela quinta vez em sua história, todas sob o comando de Arthur Elias.

Recém-anunciado como novo técnico da seleção brasileira feminina, o treinador fez a sua última partida à frente da equipe corintiana na Neo Química Arena.

"Quando a gente marca uma trajetória, uma história de um clube como o Corinthians, e também marca as pessoas em volta, isso nunca acaba", disse o treinador. "Foi o último, mas não foi o fim. Falei isso e senti isso delas também. Vou sempre levar comigo cada pessoa que está ao meu redor. É uma despedida linda, que me emocionou."

Antes de se dedicar exclusivamente ao novo cargo, Elias ainda vai dirigir o time na Copa Libertadores, em outubro, na Colômbia, onde a formação preta e branca vai buscar o tetracampeonato.

Elias foi o escolhido para o lugar da sueca Pia Sundhage justamente pelo histórico vencedor com a equipe do Parque São Jorge, a mais vitoriosa do futebol feminino brasileiro.

Jogadoras do Corinthians comemoram gol de Jheniffer na final do Brasileiro feminino
Jogadoras do Corinthians comemoram gol de Jheniffer na final do Brasileiro feminino - Carla Carniel/Reuters

O Corinthians ostenta, agora, os títulos do Brasileiro de 2018, 2020, 2021, 2022 e 2023. Somente a própria Ferroviária, de 2018 para cá, conseguiu desbancar as corintianas, na edição de 2019, em final decidida nos pênaltis.

O time de Araraquara é o segundo maior vencedor da competição, com dois troféus, em 2014 e 2019. Até a decisão deste domingo, o clube havia vencido todas as finais que havia chegado.

Por outro lado, o Corinthians também defendia uma invencibilidade. A equipe feminina nunca perdeu uma partida jogando em Itaquera. Agora, são 11 vitórias em 11 jogos.

"Mais uma vez vivendo um dos dias mais incríveis da minha vida, da carreira", disse Tamires, capitã do time alvinegro.

O Corinthians chegou à final com a melhor campanha geral do nacional, mandando seus jogos no Parque São Jorge. Nas quartas de final, as alvinegras tiraram o Cruzeiro e, na semifinal, eliminaram o Santos.

No primeiro confronto da decisão, houve um empate por 0 a 0 em Araraquara. Já durante boa parte do primeiro tempo do segundo duelo, o time alvinegro viveu uma situação que não é comum à equipe em duelos na arena corintiana, atuando com o placar adverso.

Aos 9 minutos, Mylena Carioca fez inaugurou o marcador, de cabeça.

Embora tenha ficado mais com a bola, sobretudo no campo de ataque, a postura do Corinthians deixava o Arthur Elias incomodado. Aos 34 minutos, ele resolveu tirar uma jogadora do meio de campo para reforçar o ataque. Sacou Jaque Ribeiro e lançou Gabi Portilho.

Foi com uma bola parada, no entanto, que as donas da casa conseguiram chegar ao empate nos minutos finais da etapa inicial. Depois de uma sequência de boas defesas da goleira Luciana, Jheniffer marcou de cabeça, aos 41, após cobrança de escanteio.

Mylena festeja gol contra o Corinthians na final do Brasileiro feminino
Mylena festeja gol contra o Corinthians na final do Brasileiro feminino - Carla Carniel/Reuters

Depois do intervalo, porém, aos 12 minutos, Tamires recebeu a bola de Millene e marcou o segundo gol do Corinthians.

Empurrado pela torcida, o time alvinegro criou uma série de chances de ampliar o marcador, mas só não conseguiu uma vitória por um placar ainda mais elástico porque a goleira Luciana fez ótimas defesas.

No final, porém, apenas as donas da casa festejaram diante de um público de 42.326 pagantes e um total de 42.556 pessoas, novo recorde em jogos do futebol feminino de clubes sul-americano.

Considerando jogos de clubes e seleções, a maior marca é a semifinal entre Brasil e Suécia nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, quando 70.454 pessoas estiveram no Maracanã.

"Não é algo fácil de fazer no futebol", disse Arthur Elias. "Dá para contar quantas equipes foram tão vitoriosas quanto esse time. Tem um impacto, mas outros clubes também, a imprensa, entidades, todos precisam trabalhar juntos. É um país que ama futebol, as mulheres também amam. Com o devido espaço, respeito e investimento estamos chegando lá e a gente espera que aumente", acrescentou.

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