Descrição de chapéu ginástica artística

Simone Biles impressiona em retorno e batiza mais um salto

Ginasta americana voltou a competir em um Mundial na Antuérpia neste domingo (1º)

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Diane Falconer
Antuérpia | AFP

De volta à linha de frente após dois anos de ausência, a superestrela americana da ginástica olímpica, Simone Biles, já deslumbrou em sua entrada no Mundial da Antuérpia, conseguindo neste domingo (1º) um salto de extrema dificuldade durante as classificatórias.

Esse salto, um "Yurchenko double pike", agora será conhecido como Biles II. A americana de 26 anos é a primeira mulher a realizá-lo em uma competição internacional.

Ela foi recompensada com uma pontuação de 15,266 pontos, com grande vantagem sobre suas concorrentes. No total, acumula 58,565 pontos ao final dos quatro aparelhos e lidera as classificações após as três primeiras subdivisões (de um total de dez).

Biles está no ar, de ponta cabeça, com o corpo dobrado e os pés juntos acima da cabeça. As mãos estão segurando suas coxas
Simone Biles, dos EUA, durante a prova do cavalo no Mundial de Ginástica Artística, na Antuérpia, neste domingo (1º) - Kenzo Tribouillard/AFP

Ela começou sua participação nas classificatórias com uma ótima apresentação nas barras assimétricas (14,400), antes de continuar com atuações impecáveis na trave de equilíbrio (14,566) e no solo (14,633).

Mas foi no salto sobre o cavalo que ela impressionou o público da cidade flamenga.

"Ela conseguiu! É tudo o que posso dizer", sorriu seu treinador, o francês Laurent Landi.

"Espero que as pessoas percebam que talvez seja a única vez em suas vidas que verão um salto assim na ginástica feminina. Isso deve ser valorizado", acrescentou, sobre o famoso "Yurchenko double pike", que Biles domina desde 2021 e que ela até planejava realizar nos Jogos de Tóquio.

Ela teve que esperar por este Campeonato Mundial de Antuérpia para poder registrá-lo no código de notação da ginástica, 21 anos depois que o chinês Yang Wei o fez na categoria masculina.

Com esse salto, que requer potência, velocidade, técnica e senso de tempo, Biles batiza um quinto elemento técnico com seu nome no código da ginástica.

Virar a página de Tóquio

Biles não falou ao passar pela zona mista, que percorreu rapidamente e com um sorriso enorme. Ela estará de volta ao Sportpaleis da cidade portuária na quarta-feira para a final feminina por equipes.

Ao lado de Shilese Jones, Leanne Wong, Skye Blakely e Joscelyn Roberson, as americanas acumulam 171,395 pontos e será muito difícil desbancá-las do primeiro lugar nas classificações.

A americana está vivendo na Bélgica sua primeira grande competição internacional, dois anos após os decepcionantes Jogos Olímpicos de Tóquio.

Ela chegou ao Japão como grande favorita, depois de conquistar quatro ouros cinco anos antes no Rio-2016, mas Biles teve um colapso mental e se retirou da maioria das provas.

Ela explicou na época que estava lutando contra os "twisties", perdas temporárias e brutais de referências no ar, algo que expõe um atleta a um grande risco de lesão na aterrissagem.

Ela encerrou esses Jogos de Tóquio com uma medalha de prata na competição geral por equipes e um bronze na trave de equilíbrio, mas sua grande contribuição para o esporte nessa ocasião foi trazer à tona a questão da saúde mental dos atletas.

Brasil na competição

A equipe feminina brasileira entra na competição às 8h desta segunda (2), no geral por equipes. As provas serão transmitidas pelo Sportv3. Competem pelo Brasil Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares.

Neste domingo (1º), o time nacional masculino não conseguiu a classificação por equipe para as Olimpíadas por um ponto, mas assegurou uma vaga individual com a 13ª colocação, e outra com Diogo Soares no individual geral.

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