O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris, Tony Estanguet, pediu nesta quarta-feira (28) que não se realizem greves durante a celebração do evento esportivo, após ameaças de sindicatos e políticos.
A capital francesa sediará os Jogos Olímpicos de 26 de julho a 11 de agosto, e os Paralímpicos de 28 de agosto a 8 de setembro.
Em uma entrevista na rede France Télévisions, Estanguet afirmou que desejava "receber o mundo nas melhores condições possíveis" e sem "estragar a festa".
À pergunta se desejava uma "trégua social" durante o evento, respondeu "sim".
A deputada de esquerda radical Mathilde Panot incentivou em fevereiro os franceses a fazer greve durante os Jogos Olímpicos, diante de um governo "que não escuta nada nem ninguém".
"Não estou completamente surpreso, os Jogos Olímpicos são uma tribuna incrível", reagiu Estanguet.
Há vários meses estão em curso negociações em diferentes setores para responder às ameaças de greve na polícia, no transporte e nos hospitais, com o objetivo de compensar o adiamento das férias e as horas extras de verão.
O principal sindicato da empresa de transporte público parisiense apresentou um aviso de greve em 5 de fevereiro até o final dos Jogos Paralímpicos.
"Não podemos receber o mundo com tanta ambição sem ter nenhum incômodo", reconheceu Estanguet.
"No geral, as pessoas estão animadas, seguem o jogo, se organizarão para que esta festa seja bonita e esperamos que assim seja até o final", assegurou o tricampeão olímpico.
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