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Herói improvável coloca Inglaterra na final da Euro e mantém vivo sonho do título inédito

Time inglês busca a virada nos minutos da partida com um gol de Watkins, que saiu do banco

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São Paulo

Quando Gareth Southgate chamou Watkins, 28, para entrar em campo, causou surpresa a escolha de quem o técnico inglês indicou para deixar a semifinal da Eurocopa contra a Holanda: o capitão e artilheiro Harry Kane, 30.

Faltava pouco mais de 10 minutos para o fim do tempo regulamentar do confronto, até então empatado por 1 a 1, e a postura das duas equipes indicava que a prorrogação e até mesmo a disputa por pênaltis seria um cenário bastante plausível.

A presença do camisa 9 da Inglaterra, claro, seria fundamental, ainda mais tendo sido ele o responsável por empatar o duelo, de pênalti, no primeiro tempo. Watkins, atacante do Aston Villa, por sua vez, havia somado apenas 21 minutos em campo nesta Euro, ainda na primeira fase, quando entrou na reta final do empate com a Dinamarca.

Mas a opção de Southgate se mostrou certeira. Coube justamente camisa 19, já nos acréscimos do duelo, marcar o gol que deu à Inglaterra a chance de buscar o inédito título da Eurocopa.

Com uma vitória de virada por 2 a 1 —Simons foi quem inaugurou o marcador—, os ingleses avançaram à decisão do torneio, na qual vão duelar com a Espanha no próximo domingo (14), às 16h (de Brasília), em Berlim.

"Houve muitas críticas, mas no final do dia estamos na final e isso é tudo o que importa. Esqueça todo o barulho externo, estamos na final", festejou Watkins.

Depois de eliminar a França, na terça-feira (9), os espanhóis terão a chance de alcançar o quarto troféu da Euro e se isolarem como os maiores vencedores. No momento, a Espanha, campeã em 1964, 2008 e 2012, divide a marca com a Alemanha, vencedora em 1972, 1980 e 1996.

Dois jogadores de futebol, vestindo uniformes brancos com detalhes em azul e o número 26 e 19, estão comemorando em campo. Eles parecem estar em um estádio, com uma grande faixa verde e branca ao fundo e várias pessoas, incluindo um cinegrafista, observando. O jogador número 19 está à frente, com uma expressão de alegria, enquanto o jogador número 26 está logo atrás, também comemorando.
Ollie Watkins (à dir.) celebra gol contra a Holanda - Lee Smith/REUTERS

Holanda e Inglaterra entraram em campo sem um favoritismo claro, reflexo não apenas da campanha das duas seleções na Eurocopa, como do equilíbrio que marca o confronto. Antes do duelo nesta semifinal, as duas equipes tiveram 22 encontros, com nove empates, sete vitórias holandesas e seis inglesas.

Em partidas da Euro, uma vitória para cada lado e nenhum empate. Em 1988, a Holanda venceu por 3 a 1 e, em 1996, a Inglaterra saiu vitoriosa com o placar de 4 a 1.

No primeiro tempo do duelo desta quarta, foram os holandeses que abriram o placar, logo aos 8 minutos, com um bonito gol de Simons. Ele roubou a bola no meio de campo, avançou até a entrada da grande área e superou o goleiro Pickford com um chute forte e colocado.

Assim como na fase anterior, quando precisou reagir diante da Suíça, a Inglaterra conseguiu responder na sequência, em cobrança de pênalti de Harry Kane, aos 18 minutos. Com a igualdade, os ingleses passaram a ter mais controle do jogo e quase viraram com Fodden, mas Dumfries salvou uma bola em cima da linha.

Antes da virada para o segundo tempo, as duas seleções acertaram a trave. A Holanda com Dumfries, que finalizou de cabeça, e a Inglaterra novamente com Fodden, agora com um belo chute de longa distância.

O segundo tempo foi menos movimentado. A Holanda até aproveitou a queda no ímpeto da Inglaterra para ficar mais presente no ataque, mas não criou chances claras para definir a partida. Foram os ingleses que ficaram perto disso, quando balançaram a rede com Saka, mas o lance foi anulado por impedimento.

A igualdade se manteve até os acréscimos da partida, quando a Inglaterra chegou ao segundo gol, com Watkins, nos acréscimos, corando a convocação dele.

Embora reserva da seleção, ele chegou à Euro com moral. Ele foi o segundo jogador com mais participações diretas em gols na última temporada da Premier League, com 32 (19 gols e 13 assistências).

Ele só foi superado pelo também reserva da Inglaterra Cole Palmer, que participou de 33 gols do Chelsea na última edição do Campeonato Inglês —foi ele, aliás, quem deu o passe para o gol salvador de Watkins nesta quarta-feira.

"Juro pela minha vida, pela vida dos meus filhos, eu disse a Cole Palmer: 'Estamos entrando e você vai me armar' e é por isso que fiquei tão feliz com Coley, eu sabia que assim que ele pegasse a bola ele iria me servir", afirmou Watkins.

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