Macron inaugura menor obra olímpica

Palácio do Eliseu ganha rampas de acesso para pessoas com deficiência, obra de artista plástico argentino

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Paris

Para os Jogos de Paris, foram construídas arenas. Foi construída uma vila olímpica inteira, com mais de 80 prédios. Foram construídas novas estações de metrô. E foram construídas duas rampas, provavelmente, as menores obras da história olímpica.

Menor, claro, apenas no sentido literal, porque simbolicamente elas são importantíssimas. Duas rampas de aço curvas, artisticamente trabalhadas, com oito graus de inclinação, 11 metros de comprimento e duas toneladas cada uma.

Sem pompa, a cerimônia de inauguração durou quinze minutos, diante de meia dúzia de convidados e quatro jornalistas. Contou, porém, com a presença ilustre do presidente da República e da primeira-dama. Naturalmente, porque era na residência e local de trabalho de Emmanuel e Brigitte Macron, o Eliseu.

A imagem mostra duas pessoas caminhando em uma passarela preta que leva até a entrada de um edifício com paredes de pedra clara. O edifício possui grandes janelas e colunas. À direita, há uma bandeira da França. Uma terceira pessoa está visível ao fundo, perto da entrada
Presidente da França, Emmanuel Macron, ao lado do artista plástico argentino Pablo Reinoso - André Fontenelle/Folhapress

As rampas do pátio de honra do palácio presidencial representam a valorização da acessibilidade, às vésperas dos Jogos Paralímpicos. Substituem antigas passarelas improvisadas, que eram um incômodo para as pessoas com deficiência que visitavam o Eliseu.

"Não é linda?", perguntou Brigitte Macron aos convidados.

Na próxima sexta-feira, Emmanuel Macron recebe cerca de 80 chefes de Estado no Eliseu, horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos. Ele fez questão de inaugurar a rampa antes dos Jogos para tirar a foto oficial na entrada do palácio e "marcar a ocasião", segundo o autor do projeto, o artista plástico argentino Pablo Reinoso.

Reinoso, 69, é conhecido pelas esculturas recurvas. Já tinha uma obra no Eliseu, batizada "Raízes da França", desde 2016. As rampas, por sua vez, ganharam o nome de "Rios da França".

Foi Reinoso que propôs ao casal Macron instalar uma nova rampa, ideia encampada com entusiasmo pelo presidente francês.

Para o Estado francês, o custo foi simbólico —apenas o material e a mão-de-obra. O artista não foi remunerado. Por uma feliz coincidência, o aço foi trabalhado na Fundição de Coubertin, que pertenceu à família do barão criador dos Jogos Olímpicos modernos.

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