O Comitê Olímpico Canadense (COC) anunciou nesta quarta-feira (24) que removeu da delegação canadense de Paris-2024 o analista que operou um drone para espionar o treino da seleção feminina de futebol da Nova Zelândia, adversária do Canadá na quinta-feira (25).
O episódio da filmagem com drone envolvendo Joseph Lombardi, membro da comissão técnica do futebol feminino do Canadá, aconteceu no início da semana. Segundo o órgão canadense, ainda foi descoberto um segundo incidente com drone no treino neozelandês no dia 19 de julho.
O comitê informou que também desligou Jasmine Mander, treinadora assistente de quem Lombardi era subordinado. Em meio à polêmica, a técnica da seleção canadense, Bev Priestman, decidiu se afastar do comando do time da partida de estreia.
"Em nome de toda a nossa equipe, eu quero pedir desculpas às jogadoras e membros da comissão técnica de futebol da Nova Zelândia e às jogadoras da equipe canadense. Isso não representa os valores que nossa equipe defende", disse Priestman, em comunicado emitido pelo COC.
"Eu sou a principal responsável pela conduta em nosso programa. Portanto, para enfatizar o compromisso e integridade de nossa equipe, decidi retirar-me voluntariamente do comando da partida na quinta-feira. Faço isso com o interesse de ambas as equipes em mente e para garantir que todos sintam que a ética esportiva deste jogo seja mantida", acrescentou a treinadora.
Na terça-feira (23), o Comitê Olímpico da Nova Zelândia (NZOC, na sigla em inglês) disse ter reportado o incidente com o drone à polícia e ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e afirmou estar "profundamente chocado e decepcionado" com o episódio. Também comunicou que recebeu um pedido de desculpas do comitê canadense, que estaria investigando o episódio.
Além de confirmar a investigação, a instituição canadense informou estar em contato com o COI e com a Fifa e que o time e comissão técnica passarão por um treinamento de ética.
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