Descrição de chapéu
Olimpíadas 2024 canoagem

Isaquias incorpora lema olímpico original na arrancada para 3ª prata

Atleta usou dois componentes da frase 'mais rápido, mais alto, mais forte' em sua quinta conquista na canoagem velocidade

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

"Mais rápido, mais alto, mais forte."

O famoso lema olímpico original, introduzido há cem anos, nos Jogos Olímpicos de Paris, a mesma cidade que abriga as Olimpíadas deste ano, especifica o que o atleta precisa ter (velocidade, impulsão, força) para se consagrar como o melhor em seu esporte.

Na final da canoagem velocidade (C1 1.000 m), disputada na raia do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne (a leste da capital francesa), o brasileiro Isaquias Queiroz praticou dois dos componentes do lema para ganhar sua quinta medalha olímpica (soma agora um ouro, três pratas e um bronze).

Mais que ele, apenas a ginasta Rebeca Andrade, com seis (dois ouros, três pratas, um bronze). Igual a ele na quantidade, os velejadores Robert Scheidt (dois ouros, duas pratas, um bronze) e Torben Grael (dois ouros, uma prata, um bronze).

Com o braço esquerdo erguido e dentro de sua canoa, Isaquias Queiroz vibra ao chegar em segundo lugar no C1 1.000 metros da canoagem velocidade e ganhar a prata nas Olimpíadas de Paris
Isaquias Queiroz vibra em Vaires-sur-Marne ao chegar em segundo lugar no C1 1.000 m da canoagem velocidade e ganhar a prata nas Olimpíadas de Paris - Bertrand Guay - 9.ago.2024/AFP

Mais alto, pelas características do esporte que pratica, Isaquias não tem como subir durante a competição. Mas mais rápido e mais forte ele consegue ser.

E, na regata das medalhas, nesta sexta-feira (9), foi. Segurando firme a pá com a qual conduz sua canoa, deu uma arrancada espetacular nos últimos 250 metros, o último quarto da prova.

Até aquele momento, estava em quinto lugar, atrás, nesta ordem, de Martin Fuksa, Zakhar Petrov, Sergei Tarnovschi e Sebastian Brendel.

Passou de imediato Brendel e, no que parecia improvável, devido à distância para os demais concorrentes, remou, remou, remou, com rapidez nos movimentos e potência nos braços.

No sprint final, a 80 metros do ponto de chegada, Isaquias acelerou ainda mais, músculos exaustos porém resistentes, ultrapassando Petrov e Tarnovschi para ficar com a prata (3min44s33), a apenas 1s17 do campeão, o tcheco Fuksa (3min43s16, nova melhor marca olímpica).

O brasileiro foi o mais veloz, com folga, nesses 250 metros decisivos, os quais percorreu em 54s59.

"Uma sensação incrível, maravilhosa, diferente", disse Isaquias já com a medalha, em referência não apenas à sua atuação na final mas à presença da família (mulher e filhos), que não esteve com ele em Tóquio-2020.

"Foi uma baita de uma subida", acrescentou, sobre o desempenho assombroso no trecho final da prova. Afirmou que teve como motivação, para tamanha acelerada, não sair dos Jogos "com o pescoço pelado".

"Mais forte" e "mais rápido" na água, Isaquias, se não pôde ir "mais alto" dentro da canoa, foi na premiação. Empolgado e sorridente com a quinta láurea olímpica, deu um pulão antes de aterrissar no pódio.

Maiores medalhistas do Brasil em Olimpíadas

  • Rebeca Andrade, (ginástica artística) - 6 (2 ouros, 3 pratas, 1 bronze )
  • Robert Scheidt (vela) - 5 (2 ouros, 2 pratas, 1 bronze), 1996 a 2012
  • Torben Grael (vela) - 5 (2 ouros, 1 prata, 2 bronzes), 1984 a 2004
  • Isaquias Queiroz (canoagem velocidade) - 5 (1 ouros, 3 pratas, 1 bronze)
  • Serginho (vôlei) - 4 (2 ouros, 2 pratas), 2004 a 2016
  • Gustavo Borges (natação) - 4 (2 pratas, 2 bronzes), 1992 a 2000
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.