Torcedores estrangeiros reclamam, mas também elogiam o Brasil
Estrangeiros em visita ao país durante a Copa das Confederações reclamaram da dificuldade de conseguir informações, do transporte público e até do jeito de dirigir dos brasileiros. A insegurança e a onda de protestos nas ruas também foram lembradas.
Problemas elementares de sinalização, como traduções erradas em inglês em placas em aeroportos e ruas, foram outros alvos de crítica.
"Sou venezuelana e isso arranha a imagem da nossa América Latina. Fica parecendo uma coisa que não é", disse a diplomata Isabel di Carlo, 35, que esteve na Fonte Nova para o jogo Brasil x Itália com outros quatro compatriotas, em Salvador.
Ela foi um dos cerca de 20 mil viajantes internacionais que chegaram ao país nas últimas duas semanas de partidas, de acordo com o Ministério do Turismo --70% do total de turistas vieram por causa do torneio, diz a pasta.
Para efeito de comparação, a expectativa do governo federal é de 600 mil na Copa do Mundo, ano que vem.
Isabel elogiou bastante as belezas e a hospitalidade da capital baiana. Mas criticou a violência e as manifestações, ainda que justas. "É lamentável que as pessoas não entendam a importância de um evento desses para toda a região. Futebol precisa ser acompanhado só por festa."
Homura Tadashi, 52, e Kenji Reizawa, 35, que estiveram em Belo Horizonte para assistir ao jogo Japão x México, ficaram encantados com a comida mineira. Dos restaurantes, só se queixaram da falta do cardápio em inglês.
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Os torcedores japoneses Kenji Reizawa e Homura Tadashi saem de hotel em Belo Horizonte para ir ao Mineirão |
Reizawa disse que os guias impressos não trazem muitas informações sobre a cidade, focam mais nos arredores, como a cidade histórica de Ouro Preto, a 100 km da capital.
Perto dali, o trio mexicano formado pelo desenhista gráfico Juan Pablo Gutierrez, 29, o engenheiro Angel Arciniega, 47, e o empresário Marco Avila, 39, haviam chegado de carro, vindo do Rio. Por isso, estavam espantados com a forma de dirigir das pessoas.
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Os mexicanos Marco Avila, Angel Arciniega e Juan Pablo Gutierrez |
"Os caras são muito loucos", disse Gutierrez, um tanto impressionado com "os riscos" que o excesso de velocidade representa especialmente para os pedestres na área central de Belo Horizonte.
Da comida, reclamaram muito do preço e do atendimento que tiveram. "Os serviços também não são bons", afirmou o engenheiro.
Pela terceira vez na Bahia, a russa Nadezhda Tarasenko, 30, analista de mercado, em um passeio pelo Pelourinho, reclamou da sujeira e da segurança da cidade.
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