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O uruguaio: "É tudo ou nada"

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Depois do escândalo do "caso Suárez", a seleção uruguaia teve que zerar as contas e começar de novo. Não será fácil para os jogadores. Porque perderam um companheiro, um amigo, a estrela da equipe, um homem-gol.

Mas Tabárez já falou. Lugano também. É preciso seguir em frente. É preciso concentração para o que vem a seguir, e o objetivo passou a ser a Colômbia, um rival que está passando por um grande momento futebolístico e que o Uruguai sempre teve dificuldade para vencer.

Os antecedentes não importam e a história não entra em campo, mas é preciso colocar as cartas na mesa. Nas eliminatórias, o Uruguai perdeu feio e de goleada em Barranquilla. Calor, umidade, uma tarde a ser esquecida, e a celeste saiu liquidada de campo, sofrendo um contundente 4 a 0.

Falcao Garcia estava jogando, claro. E a seleção uruguaia era diferente, jogando em um clima adverso. Mas no jogo da volta, em Montevidéu, na noite em que José Maria Giménez estreou na seleção, o Uruguai ganhou bem, por 2 a 0, e deu um passo importante na direção da Copa do Mundo de 2014.

Mas a partida no Maracanã será diferente de todas. Em campo neutro, com a Colômbia sem Falcao Garcia e o Uruguai sem Suárez. Será um jogo equilibrado, sem os dois maiores astros das seleções. Sem os dois goleadores; o peso da história recairá, portanto, sobre futebolistas como James Rodríguez, Teófilo Gutiérrez, Diego Forlán e Edinson Cavani.

Tabárez e Pékerman se conhecem, se respeitam e sabem que será uma partida de tudo ou nada. O Uruguai tem mais experiência, porque está jogando finais desde que a Copa do Mundo começou, enfrentando um mata-mata permanente desde que perdeu para a Costa Rica, e essa talvez seja sua vantagem diante de um adversário que venceu todos os seus jogos sem problemas, chega invicto e com um futebol vistoso e bem jogado.

Que a partida aconteça no Maracanã é outra motivação para os uruguaios, que desde pequenos conhecem a história e sonham um dia jogar no estádio onde aconteceu o "Maracanazo".

Todos sabem o que isso significa, e querem tomar o túnel do tempo para percorrer cada trecho do maior cenário do Brasil.

Uruguai e Colômbia. Dois estilos, duas histórias, duas seleções diferentes e antagônicas, que nada tem a ver uma com a outra e ainda assim vão se enfrentar para continuar no Mundial.

Será cara ou coroa. Para uma não haverá mais Copa, e a outra ainda terá futuro. O Uruguai chega abalado, ferido no fundo da alma, também em sua motivação e amor próprio.

A Colômbia está longe disso tudo. E enfrenta a partida com mais calma, liberada, sem tanta pressão.

Pode ser o grande passo da celeste na Copa do Mundo. Um passo à frente ou um passo atrás. Tudo dependerá de Forlán e Cavani, os homens que substituirão Suárez. O goleador que foi expulso da festa. A estrela que ficou sem brilho, que não pôde confirmar tudo de bom que vinha fazendo.

Coisas do futebol. Coisas da Fifa. Deus castiga. Amém.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Editoria de Arte/Folhapress
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