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Com Messi e Di María, gol contra a Suíça resume a fé argentina no título

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O gol da vitória contra a Suíça resume a esperança dos argentinos na Copa do Mundo. Lionel Messi, 27, deu o passe para Ángel Di María, 26, marcar. Normalmente seria ao contrário mas ali, a quatro minutos do fim da prorrogação, ninguém reclamou dos papéis invertidos.

Os dois são conterrâneos, com quase a mesma faixa etária, de personalidades parecidas e trajetórias que se cruzam em vários momentos.

"Comparar-me com Lionel é uma loucura. Não existe. Leo é de outro planeta, não deste. Não há comparação", disse Di María à Folha, no início de junho, antes do Mundial.

A dupla nasceu em Rosário (300 km de Buenos Aires), a cidade onde o nacionalismo argentino mais ferve. Messi, desde cedo, é o bezerro de ouro. Apontado como gênio precoce, foi cortejado pelo Barcelona e contratado em 2000, quando tinha apenas 13 anos. Ganhou o primeiro contrato no ano seguinte. Estreou na equipe principal do clube catalão aos 16.

Lionel já era jogador profissional quando o Rosario Central descobriu Di María atuando pelo El Torito, um time amador. A transferência aconteceu pelo preço de 25 bolas. Quando o tirou do Benfica (POR), em 2010, o Real Madrid (ESP) pagou 25 milhões de euros (R$ 76 milhões em dinheiro de hoje).

"Eu olho para trás e não consigo acreditar nisso. Tudo mudou muito rápido. El Torito me vendeu por 25 bolas e o Real Madrid pagou 25 milhões de euros. Eu passei de ninguém a titular do Real Madrid em seis anos. Estar jogando com os melhores da Europa e na seleção argentina é inexplicável", se espanta.

Volta e meia, se enfrentam no principal clássico da Espanha.

Em outro continente, os dois tentam manter os pés em Rosário. É a cidade a que Messi se refere quando fala de "casa". Seus melhores amigos são os mesmos da época das categorias de base do Newell's Old Boys, com a exceção de Sergio Aguero e Pablo Zabaleta, colegas de seleção. Ele conheceu a mulher, Antonella Roccuzzo, na vizinhança da casa onde foi criado.

Di María morava no subúrbio. Tatuou no antebraço esquerdo a frase em homenagem ao bairro em que cresceu: "Nascer em Pedriel foi o melhor que aconteceu na minha vida".

Quando se transferiu para Madri, levou junto o que a imprensa espanhola batizou de "a banda de Perdriel". Os amigos Alexis, Nicolás, Gere, Brian, Mauri e Diego estavam nas cadeiras do estádio Santiago Bernabéu, ao lado da mulher do meia, na estreia de Ángel pelo clube. As câmeras de TV flagraram os sete chorando quando o viram entrar em campo.

Após os jogos da Argentina na Copa do Mundo, a imprensa quase derruba as grandes de proteção para conseguir uma palavra de Messi. Após o gol contra a Suíça, Di María foi quase tão cortejado quando o camisa 10. Da mesma forma que o desempenho na última final da Liga dos Campeões da Europa, quando o Real Madrid foi campeão, o alçou à condição de segundo principal nome da seleção.

"Fideo [apelido de Di María] foi muito feliz na finalização. Era exatamente o que precisávamos para evitar os pênaltis", comentou Messi.

Os dois são diferentes nas preferências de times na rivalidade de Rosário. Lionel é cria do Newell's Old Boys. Seu pai, Jorge, já disse que o filho ambiciona, um dia, defender o vermelho e preto da equipe. Di María é fanático pelo Rosario Central e não perde um jogo pela internet.

Messi encara as obrigações de falar com a imprensa exatamente dessa forma: como uma obrigação. Se pudesse, a evitaria. Di María não gosta nem de ser fotografado. Perguntado sobre suas leituras favoritas, deixou claro não perder tempo com jornais ou revistas esportivas.

"Sempre me perguntam se a Espanha teve sorte ao ser campeã em 2010. Ela teve tudo, até sorte", concluiu Di María após o triunfo sobre a Suíça.

"A Espanha teve jogos assim na última Copa e foi campeã", disse Messi do outro lado do corretor da área de imprensa.

Até nos discursos os dois jogadores que carregam as esperanças argentinas são parecidas.

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