Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu

Renegado na seleção por 3 anos, Demichelis vira titular antes da semi

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS

Após a vitória da Argentina sobre a Suíça, Martín Demichelis falou quatro vezes a palavra "revanche". O termo era previsível porque a seleção não chegava à semifinal da Copa do Mundo desde 1990. Agora enfrenta a Holanda, carrasco de 1998. Mas não era disso que o zagueiro estava falando. Tratava-se de uma questão pessoal.

"Por tudo o que ele passou nos últimos anos, pelas vaias e críticas, Martín merecia esse retorno", resumiu o goleiro Sergio Romero.

Nem Demichelis acreditava que estaria no torneio. Ele passou quase três anos sem ser convocado por Alejandro Sabella. "Se isso é um sonho, por favor, não me acorde. Não imaginei que estaria aqui no Mundial. Era a última coisa que passava pela minha cabeça há dois meses", disse depois de a Argentina ter passado pelas quartas de final pela primeira vez em 24 anos.

Demichelis confessa que já tinha planos para sair de férias durante o Mundial. Exatamente como o banido Carlos Tevez, que foi para a Disney com a família. O descanso ficou para depois porque o beque do Manchester City (ING) voltou a tempo de ser titular na semifinal, nesta quarta (9), em São Paulo.

A história do zagueiro com a seleção é de amor e ódio. O ponto final parecia ter sido em novembro de 2011. Com poucos meses no cargo, Alejandro Sabella mandou a equipe a campo para enfrentar a Bolívia, em Buenos Aires, pelas eliminatórias para a Copa no Brasil.

A partida terminou 1 a 1 e Demichelis falhou feio no gol dos bolivianos. Cada vez que pegava na bola, era vaiado sem dó pela torcida no Monumental de Nuñez. O estádio onde começou a jogar profissionalmente com a camisa do River Plate.

A partir de então, caiu no ostracismo para Sabella.

"Estar aqui [no elenco] já é uma vitória para mim depois de tudo o que aconteceu. Mas eu tinha a ilusão de jogar. Mesmo que fosse por alguns minutos. Poder começar nas quartas de final e sair com a vitórias... Nem sei o que dizer. É lindo", completa ele, no jeito que argentino tem de dizer as coisas quando estão dando certo. Nunca nada é apenas "bonito". É sempre "lindo".

Houve um momento em que nada poderia dar errado na carreira de Demichelis. Talvez para impulsionar o negócio, ao vender o jogador para o Bayern de Munique, em 2003, o presidente do River Plate, José Maria Aguilar, o comparou a Franz Beckembauer.

Apesar dos elogios, não foi chamado por José Pekerman para o Mundial de 2006, na Alemanha. Ele achou que estaria na lista. Reagiu de forma dramática, dizendo não ter mais vontade de viver. "Desejei a morte", revelou.

Convocado quatro anos mais tarde, foi titular da seleção na campanha na África do Sul que terminou nas quartas de final, em goleada contra a Alemanha. Demichelis fez um gol no torneio, diante da Grécia.

Segundo os próprios companheiros de seleção argentina no Brasil, Demichelis oferece experiência e tranquilidade em campo. Exatamente o que falta à Federico Fernández, que perdeu a posição antes da partida com a Suíça.

"Fede [Fernández] não estava mal, foi uma escolha do técnico. Mas [Demichelis] tem experiência no futebol internacional. Não sente a responsabilidade do jogo", opinou o colega de zaga Ezequiel Garay.

De renegado a titular da zaga quando a Argentina está a duas partidas do título mundial, é garantido que Demichelis não sente mais qualquer desejo de morrer.

"Sempre pensei em regressar. Nunca abandonei a seleção. Mas eu confesso que não pensava que ia acontecer. Pelo menos não para a Copa do Mundo."

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade

Siga a folha

Publicidade

+ Livraria

Livraria da Folha

Jogo Roubado
Brett Forrest
De:
Por:
Comprar
Festa Brasil (DVD)
Vários
De:
Por:
Comprar
The Yellow Book
Toriba Editora
De:
Por:
Comprar
Futebol Objeto das Ciências Humanas
Flávio de Campos (Org.), Daniela A.
De:
Por:
Comprar
Publicidade
Publicidade
Voltar ao topo da página