Um aplicativo que facilita a gestão de pequenos negócios aumentou em 78% o faturamento de nano e microempreendedores. Criada por uma startup de impacto social, a ferramenta alcançou mais de um milhão de downloads ao apoiar a gestão do relacionamento com clientes e reduzir o risco de fechamento.
Criada em 2017 por Hans Page e Christoph Friedrich, a Agenda Boa busca profissionalizar pequenos negócios, autônomos e MEIs do ramo da construção, beleza e estética, assistência técnica, confeitaria, manutenção, pintura, eventos, veículos e elétrica.
A tecnologia desenvolvida apoia o atendimento de clientes e pedidos, compromissos, orçamentos, recibos, documentos, ordens de serviços e controle das finanças.
Entre os resultados mais promissores da startup, após processo de aceleração com a Artemisia, está o aumento de 44% no faturamento gerado pelos usuários em comparação com o ano anterior.
"Agora que criamos a base nos últimos meses, estamos preparados para crescer de três a cinco vezes", afirma Hans Page.
O aplicativo oferece planos diferentes para cada fase do negócio. Na modalidade gratuita, há funcionalidades que auxiliam o empreendedor no suporte inicial para organizar o fluxo diário, como cadastro de clientes, pedidos, agenda e fluxo de entradas e saídas.
Mais de quatro milhões de pedidos, que produzem R$ 120 milhões mensais em faturamento, já foram salvos na ferramenta.
Na análise do economista Luciano Gurgel, diretor-executivo da Artemisia, aqueles que empreendem por necessidade enfrentam uma série de desafios na prática. A missão de digitalizar processos é um deles.
"As dificuldades passam por falta de letramento digital, infraestrutura, recursos e equipe. Diminuir o ‘gap’ de acesso a tecnologias é urgente diante das transformações relacionadas ao futuro do trabalho", diz ele.
Nesse sentido, negócios como a Agenda Boa têm um papel relevante no processo de dar suporte aos empreendedores de base. Segundo o IBGE, o Brasil tem 25 milhões de trabalhadores autônomos, responsáveis por mais de 30% do PIB.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.