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Índios barram caminhões com cargas para arrozeiros
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HUDSON CORRÊA
enviado especial da Folha à Raposa/Serra do Sol
Índios que lutam pela demarcação contínua da reserva Raposa/Serra do Sol (RR) montaram "um posto de fiscalização" na estrada conhecida como Transarrozeira para barrar caminhões e carretas que estejam levando carga para fazendas dos produtores de arroz.
As propriedades estão situadas dentro da área indígena. O "posto de fiscalização" foi montado em substituição a um bloqueio na estrada. Anteontem a Polícia Federal negociou a suspensão do bloqueio montado no último dia 5, mas os índios mudaram de tática.
O índio macuxi Nileno Galé, 54, um dos líderes do movimento, disse que a partir das 17h o tráfego na estrada é fechado até as 6h do dia seguinte.
Durante o dia, quando o tráfego está livre, os índios fiscalizam os caminhões e carretas para impedir que cheguem alimentos, adubos, ferramentas e materiais de construção nas fazendas dos arrozeiros. Instalado pela comunidade indígena Jauari, "o posto de fiscalização" tem cerca de 80 índios.
Ontem à tarde a Folha presenciou a ação deles. Foram montados quatro quebra-molas em terra batida. De uma margem a outra da estrada, em dois pontos, os índios estenderam arame farpado. Um grupo se concentra na estrada, quando avista os veículos.
Ontem uma carreta que levava 16 manilhas, além de cinco sacos de cimento, foi barrada. O caminhoneiro, que se identificou apenas como Pedro, afirmou que levava a carga para uma estrada em obras na região. "Nem sei quem é o dono da carga", disse.
É a segunda vez que os índios barram a carreta de Pedro. "A PF havia informado que eles liberaram a estrada. Só quero ganhar meu frete. Já perdi uns R$ 700", afirmou à Folha.
A carreta sem carga que vinha logo atrás passou, mas o motorista, acompanhado de um operador de máquinas agrícolas, foi repreendido. Os índios querem que passem apenas carretas vazias, e só com um motorista, para, nesses veículos, os produtores "tirarem suas coisas da fazenda".
Um dos alvos do "posto de fiscalização" é a fazenda Providência, de Paulo César Quartiero, que, além de arroz, tem 1.300 hectares de soja.
Líder dos produtores, Quartiero foi preso no último dia 6 suspeito de mandar atirar em índios que lutam pela demarcação da Raposa/Serra do Sol na Vila Surumu. O "posto de fiscalização" está a 90 km de Surumu, centro do conflito.
Próximos à vila, os índios aumentaram ontem ainda mais o acampamento montado na semana passada em frente a outra propriedade de Quartiero, a fazenda Depósito. Ao menos 150 indígenas já estão alojados em barracos de lona. Eles abriram espaço para um campo de futebol e uma quadra de vôlei.
Tanto o acampamento como o posto fazem parte da mobilização dos índios em defesa da demarcação contínua da reserva, o que levaria à retirada dos produtores de arroz da área.
Um grupo de índios contrários à demarcação de forma contínua, que chegou anteontem à Vila Surumu, não promoveu manifestações. Mas eles querem bloquear o acampamento dos índios.
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A ambição por terras e o melhor negócio que existe, não precisa plantar nas terras é consegui-las, sendo esse o principal objetivos dos índios e dos fazendeiros, depois vem o negocio para quem trabalha é honesto e desenvolve a terra.
Para esse vai sobrar a oportunidade de arrendar essas terras, comprar essa terras de Índios e Fazendeiros e outros oportunistas e tirar o lucro que a terra pode propiciar.
Interessante ninguem fala que os sem terra daquela região que estão lá a mais de 20 anos estão produzindo, tantas toneladas de Arroz, de Soja de feijão, de milho.
Ninguem fala isso que os Índios tambem estão produzindo o mesmo nas terras que ganharão de presente da União, ninguem fala nada e todos querem as terras os objetivos são divernos!
O primeiro ojjetivo e os bons emprestimos do governo Federal com os Bancos Publicos, já estão por lá o BNDES, e a CEF.
Bem todos querem o principal o cerne sem precisarem trabalhar, depois da valorização vai vir o negocio e o dinheiro da vendo ou do Arrendamento e é claro vai ter uma lei que vai aprovar que os Índios possam vender parte das suas reservas que os assentados do MST, tambem possam vender e assim vai indo.
Apareceu esses dias na TV que assentados a mais de dois anos não conseguiam produzir nada e olhem que tem o MST por traz de tudo.
Muitos já venderam os lotes.
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