Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/06/2008 - 10h37

STJ nega habeas corpus a Salvatore Cacciola

Publicidade

da Folha Online

A desembargadora Jane Silva, ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou o pedido de liminar em habeas corpus do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, preso no Principado de Mônaco desde o final de 2007. Ele aguarda decisão sobre o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro.

Cacciola foi condenado a 13 anos de reclusão em um processo a que responde na 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Ele responde ainda a uma ação penal na 2ª Vara Federal do mesmo Estado, na qual foi denunciado com outras cinco pessoas, por crime de gestão fraudulenta de instituição financeira e outros ilícitos penais contra o sistema financeiro nacional.

Nesta ação, também foi decretada sua prisão por haver evidências da intenção de Cacciola de não retornar ao país para responder ao processo. O ex-banqueiro é nascido na Itália, onde estaria residindo antes de sua prisão.

A defesa de Cacciola alega que ele não fugiu do Brasil, mas retornou à sua terra natal, constituindo advogado aqui para responder aos processos e dando ciência de seu endereço.

Caso

O banco Marka quebrou com a desvalorização cambial de 1999. Mas contrariando o que ocorria no mercado, o Marka e o banco FonteCindam assumiram compromissos em dólar.

O banco de Cacciola, por exemplo, investiu na estabilidade do real e tinha 20 vezes seu patrimônio líquido comprometido em contratos de venda no mercado futuro de dólar.

O BC socorreu as duas instituições, vendendo dólares com cotação abaixo do mercado, tentando evitar que quebrassem. A justificativa para a ajuda oficial às duas instituições foi a possibilidade de a quebra provocar uma "crise sistêmica" no mercado financeiro.

Em 2005, a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, condenou Salvatore Cacciola, à revelia, a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato (utilizar-se do cargo exercido para apropriação ilegal de dinheiro) e gestão fraudulenta.

O então presidente do BC, Francisco Lopes, recebeu pena de dez anos em regime fechado e a diretora de Fiscalização do BC, Tereza Grossi, pegou seis anos. Os dois recorreram e respondem ao processo em liberdade.

Em 18 de setembro do ano passado, a juíza federal Simone Schreiber, da 5ª Vara Federal Criminal do Rio, determinou a prisão preventiva do ex-banqueiro. Na sentença, concedida a pedido do Ministério Público Federal, a juíza determina não só a expedição do mandado de prisão contra Cacciola, como manda informar o Ministério da Justiça do interesse na extradição do ex-banqueiro para o Brasil.

Extradição

Foragido do Brasil desde 2000, Cacciola foi preso pela Interpol em Mônaco em 15 de setembro do ano passado. Desde então, o governo federal vem tentando a extradição dele para o Brasil.

O Tribunal de Apelações de Mônaco concedeu parecer favorável à extradição, mas a defesa de Cacciola entrou com um recurso na instância máxima da Justiça monegasca contra a decisão.

O parecer foi encaminhado ao príncipe Albert 2º, a quem cabe a decisão final. Tradicionalmente, o príncipe nunca concedeu uma decisão contrária à do Tribunal de Apelações de Mônaco em processos de extradição.

Comentários dos leitores
Igor Bevilaqua (315) 31/05/2009 12h09
Igor Bevilaqua (315) 31/05/2009 12h09
Não demora esse tal de Cacciola sair da cadeia como "HERÓI", lá dentro segundo reportagem ele já é tratado como tal, é só sair que aquí fora também o será..., o povo brasileiro é atrasado e ignorante em se tratando de $$$celebridades$$$..., e tanto faz ser bandido ou não que a pessoa é ovacionada, reeleita, tem um acolhimento "VIP"..., vejam políticos bandidos, são reeleitos facilmente..., se o Cacciola entrar na política brasileira, ele será eleito sem sombra de dúvidas..., e lá na redoma de corrupção ele será apenas mais um entre os muitos. sem opinião
avalie fechar
João Carlos Gagliardi (1384) 18/05/2009 23h48
João Carlos Gagliardi (1384) 18/05/2009 23h48
A melhor saída para o "pobre" do Salvatore Cacciola, seria entrar para a política.
Como ele tem dupla cidadania, seria até fácil.
E considerando-se que a maioria dos nossos políticos tem ficha na polícia, tem até ex-terroristas, um crimezinho do "colarinho branco" até que não seria grande coisa...
Tem um certo partido aí, que faz o que quer e que mesmo quando são pegos em alguma sujeira, não acontece nada com eles, porque é só dizerem as palavrinha mágicas:
"Eu não sabia de nada...", que tudo acaba em pizza.
Como ele também é meio italiano e deve adorar pizza, AQUELE partido seria ideal para ele...
1 opinião
avalie fechar
Luís da Velosa (726) 18/05/2009 16h07
Luís da Velosa (726) 18/05/2009 16h07
Cacciola, esse sabidório, deve ser exemplarmente punido para que, no amanhã, não nos envergonhemos de nós mesmos. 11 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (471)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página