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19/01/2009 - 17h52

Aos 25 anos, MST é lembrado por protestos, invasões e massacre de Carajás

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da Folha Online

Em 25 anos, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) coordenou várias ondas de protestos em todo país. Um dos atos mais polêmicos envolvendo os sem-terra foi em 2002 quando a fazenda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi invadida. A ação durou 22 horas. Antes, houve uma série de manifestações em todo país.

No entanto, dois episódios marcaram de forma trágica a história do movimento nessas duas décadas e meia: os massacres de Corumbiara (RO), em 1995, quando 11 pessoas morreram; e o de Eldorado dos Carajás, em 1996, quando foram assassinados 19 sem-terra.

Em 1995, houve 440 conflitos envolvendo sem-terra no país sendo que 15 apenas em Rondônia. Em Corumbiara (RO), famílias de integrantes do movimento ocuparam a Fazenda Santa Elina, que reunia 20 mil hectares de terras. Policiais militares e seguranças privados decidiram retirar os manifestantes do local.

Os barracões dos sem-terra foram queimados, assim como tudo que pertenciam a eles. De acordo com dados da época, 355 pessoas foram presas e torturadas por mais de 24 horas, enquanto o acampamento foi destruído. Houve tiroteio e uso de bombas de gás lacrimogêneo. No total, 11 pessoas morreram, inclusive uma criança, de 6 anos. Outros 55 sem-terra ficaram feridos.

Onze anos depois, em abril de 1996, 19 sem-terras foram mortos durante embate com a Polícia Militar, no município de Eldora dos Carajás (PA). O conflito ocorreu durante protesto de 1.500 ligadas ao MST em defesa da desapropriação de uma fazenda na região.

Sob a denúncia de que os manifestantes impediam o trânsito em uma das rodovias, os policiais receberam ordens do governo estadual do Pará para garantir a retirada dos sem-terra e desobstrução da área.

Protestos

O ano de 2000 foi dominado por uma série de manifestações promovidas pelo MST. A partir das comemorações 500 anos de descobrimento do Brasil, houve invasões e atos públicos em todo país. No mesmo ano, integrantes do movimento invadiram prédios públicos.

Em meio às invasões, o governo federal recebeu representantes do MST na tentativa de negociar um acordo para pôr fim à onda de protestos. Na ocasião, foi anunciada a liberação de R$ 8 bilhões para investimentos na reforma agrária e em programas de financiamento da agricultura familiar.

Espetáculo

Dois anos depois, em abril de 2002, integrantes do MST invadiram a fazenda do então presidente FHC, no município de Buritis (MG). Por 22 horas, os sem-terra ficaram no local onde destruíram plantações, mexeram em papéis e roupas do presidente e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso já morta.

Imagens registraram sem-terras deitados na cama de FHC e dona Ruth Cardoso, tomando as bebidas da adega do casal e ocupando várias dependências da casa principal. Para negociar, o governo deslocou integrantes do Ministério da Política Fundiária, policiais, militares e funcionários civis.

Boné

Uma imagem marcou o primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ocorreu em julho de 2003. No Palácio do Planalto, Lula recebeu os sem-terra e colocou na cabeça o boné que é símbolo do MST vermelho e branco tendo ao fundo o mapa do Brasil e um casal de trabalhadores rurais.

Sorridente, o presidente conversou com os integrantes do movimento e também saboreou biscoitos fabricados em acampamentos do MST e ganhou de presente uma bola de futebol. Bem-humorado, Lula convidou os trabalhadores para uma disputa de futebol.

Quatro anos depois, cerca de 160 famílias ligadas ao movimento ocuparam uma propriedade da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Ponta Grossa (PR). Na área havia experiências de produção de sementes e desenvolvimento de pesquisas de cultivo.

Mas para um dos coordenadores da ação Célio Rodrigues, os 3.900 hectares da propriedade no Paraná eram improdutivos. Segundo os sem-terra, havia experiências com sementes de transgênicos e a área deveria ser preservada.

A direção da Embrapa negou as acusações dos sem-terra. De acordo com a empresa, na área invadida são realizadas pesquisas para o desenvolvimento de sistemas de cultivo para a agricultura familiar e a integração entre agricultura e pecuária. Também há experiências com produção de sementes básicas e algumas espécies florestais.

Comentários dos leitores
antonio guerra (56) 27/01/2010 17h51
antonio guerra (56) 27/01/2010 17h51
Adali, adali...
você escreveu muito e não deixou nada claro.
Infelizmente, acredito que todo petista é assim: chama quem não compactua com suas canalhices de todos os adjetivos que incorporam a si mesmos.
Um exemplo: canalhice é o presidente lula assinar um decreto daquele porte SEM LER, né???
Adali, adali... está na hora de procurar uma escola para aprender a escrever direito né?
sem opinião
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antonio guerra (56) 27/01/2010 17h48
antonio guerra (56) 27/01/2010 17h48
Gostaria muito de apreciar a opinião de internautas como o senhor Paulo César Marcelino, tão favoráveis ao PT, com relação ao decreto que o senhor presidente da república assinou SEM LER, e que trazia de volta a censura, com ameaça de cassação de concessões a quem OUSASSE divergir do governo; que jogava por terra o direito À LIVRE EXPRESSÃO, Á PROPRIEDADE; que legalizava o aborto e proibia objetos de cunho religioso em lugares públicos.
As perguntas são muitas. Mas as principais são:
você acredita que o Lulla NÃO LEU?
Você confiaria num homem que assina um documento desse porte SEM LER?
Você concorda com o decreto?
Espero pelas respostas.
Obrigado.
sem opinião
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antonio guerra (56) 27/01/2010 17h39
antonio guerra (56) 27/01/2010 17h39
José Eduardo,
gostaria que me respondesse se a causa da poluição no Tietê é culpa do governo ou de uma população porca.
Não é o jeito demo-tucano de governar. Você sabe que o problema é estrutural, a cidade cresceu em ritmo acelerado e sem infra-estrutura.
Não há governo que conserte isso em pouco tempo, cara.
O Rio de Janeiro também ficou alagado. É governado pelo PMDB (leia-se partido submisso ao PT), e até mesmo o quartel central do Corpo de Bombeiros ficou alagado.
A enchente não é coisa só de São Paulo, não, como você pode conferir nos noticiários nacionais. Choveu muito mais do que o previsto para este mês.
Agora, quando o assunto é enchente em São Paulo, a culpa é do governo (leia-se PSDB). Quando um APAGÃO ocorre em nível NACIONAL, a culpa é da NATUREZA, não é mesmo?
sem opinião
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