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03/06/2009 - 18h17

CCJ do Senado aprova projeto que impede candidatura de políticos com "ficha suja"

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira projeto de lei que exige "idoneidade moral e reputação ilibada" aos candidatos que disputam as eleições. De autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), o texto altera o Código Eleitoral na tentativa de impedir que candidatos com "ficha suja" concorram a cargos eletivos.

Na justificativa do projeto, Simon afirma que a legislação eleitoral apenas torna inelegíveis candidatos condenados em definitivo por diversos crimes --mas não prevê a idoneidade moral como prerrogativa necessária na disputa.

"As disposições da referida lei viabilizaram, assim, a candidatura daqueles que lançam mão de inúmeros recursos legais para postergar indefinidamente o trânsito em julgado de eventuais condenações criminais. E propiciou o aumento da corrupção e da irresponsabilidade nos Poderes Legislativo e Executivo", diz o senador.

Segundo Simon, a reputação ilibada dos candidatos deve ser exigida não apenas para aqueles que disputam uma vaga no Poder Legislativo, mas também aos futuros ocupantes de cargos no Executivo.

"Desse modo, dá-se ao cidadão a oportunidade de escolher seu candidato entre aqueles com conduta moral compatível com as responsabilidades do cargo eletivo disputado", argumenta o senador no projeto.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator do projeto na CCJ, disse que o texto se sustenta juridicamente uma vez que a "moralidade dos agentes públicos e candidatos se impõe como exigência constitucional".

Na opinião do democrata, "os requisitos de idoneidade moral e reputação ilibada, que são exigidos de diversos agentes públicos, não podem ser ignorados para os cargos eletivos".

Como o projeto tem caráter terminativo (não precisa ser aprovado no plenário do Senado), segue para análise da Câmara dos Deputados.

Crimes

A CCJ ainda aprovou projeto que também altera o Código Eleitoral para permitir a prisão de eleitores acusados de crime hediondo ou de crime doloso contra a vida, tanto nos cinco dias que antecedem, quanto nos dois dias posteriores às eleições --além do próprio dia do pleito.

A atual legislação prevista no código veda a prisão de eleitores desde cinco dias antes e até 48 horas depois do encerramento da eleição, salvo nas hipóteses de flagrante delito, sentença condenatória por crime inafiançável e desrespeito a salvo-conduto.

Comentários dos leitores
Leon Diniz Diniz (424) 10/12/2009 07h08
Leon Diniz Diniz (424) 10/12/2009 07h08
A folha noticiou a fala do presidente da República, que disse, "Todo corrupto tem cara de anjo"! Ele Não falou nenhuma novidade. A novidade é o projeto que transforma corrupção em crime hediondo que ele estará encaminhando nos próximos dias para o Congresso Nacional, mas que com certeza logo atrás seguirá uma conhecida tropa de choque para barrar tudo e não deixar que nada seja aprovado. Se não for uma brincadeira de Natal para tocar os corações mais resistentes à figura dele, será com certeza no ano que vem um dia primeiro de abril. Quem viver verá. Porque será que o governo que tem a maioria no parlamento não pede para o Michel Temer colocar em votação o moralizador projeto contra os fixas sujas de autoria popular? Não é sem razão que digo sempre que aqui escrevo. O presidente não tem acima de 70% em pseudas pesquisas por competência administrativa. Seu alto índice de aprovação reside no fato de que nunca na história deste país, alguém surgiu com um estoque diário de frases de efeito embutidas num discurso demagógico como ele. Neste quesito ele é imbatível e seus adversários, seguem inertes. Taí mais uma bravata que o povo tem que engolir. sem opinião
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O Pacificador (266) 09/12/2009 08h22
O Pacificador (266) 09/12/2009 08h22
Câmara adia "ficha suja" para 2010...
Claro que sabemos que eles dedicam toda a atenção ao assunto e que devem estar muito tristes em não poder votar algo, que jogaria a maior parte deles na cadeia.
Mas a votação, já tem até data marcada:
30/02/2010...
sem opinião
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Infelismente no nosso país mesmo quando o povo quer mudar alguma coisa, é muito difícil,pois, os políticos é quem fazem as leis e eles mesmos as alteram como bem entendem passando por cima da ética e principalmente da democracia. O presidente Michel Temer deveria dar exemplo e defender a opinião do povo, pois é para isso que eles são colocados lá para defender e aprovar o que o povo pede com justiça. Se ele já quer mudar o projeto de lei, querendo defender o seu, procure ao povo se eles o aprovam!! Vamos lutar por uma política sadia que poderá mudar de verdade o futuro de nosso país, governar com o povo e para o povo, e não com suas próprias opiniões!! 2 opiniões
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