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08/04/2005 - 12h45

Presidente da CPI do Banestado sugere que Meirelles peça demissão

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

As denúncias envolvendo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o pedido de investigação feito pelo Ministério Público centralizaram os debates desta sexta-feira no Senado. O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Banestado, cobrou de Meirelles um pedido imediato de demissão do cargo.

Segundo Antero, o pedido de demissão "seria um gesto de grandeza". Para o tucano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem coragem de demitir Meirelles e o governo prefere fingir que nada grave está acontecendo. Antero disse ainda que Meirelles deve explicações à nação brasileira e "perdeu a condição ética de permanecer à frente do Banco Central".

O senador tucano considerou grave o fato de o presidente do BC ter sido denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo procurador-geral da República, Cláudio Fontelles, por movimentação suspeita de dinheiro, sonegação de impostos e crime eleitoral.

"O Senado não pode se omitir. Este é o único ministro [o presidente do BC tem status de ministro] pelo qual o senado tem responsabilidade. Nós o sabatinamos e aprovamos ou não sua indicação", afirmou, ao cobrar um posicionamento mais firme da Casa.

Antero aproveitou seu discurso para atacar o partido do governo. "O PT é o coveiro da ética e o partido do abafa", atacou.

Precipitação

Na opinião do senador Tião Viana (PT-AC), a presunção da culpabilidade de Meirelles é uma precipitação da oposição.

Viana lembrou o direito de defesa e a presunção de inocência para dizer que não se pode condenar Meirelles antes de ampla investigação sobre o caso. A senadora tucana Lúcia Vânia (GO), na contramão da orientação do seu partido, também defendeu a lisura de Meirelles.

Ao falar pela liderança do PT, o senador Siba Machado (PT-AC) afirmou ter "consciência de que Henrique Meirelles apresentará suas explicações". O petista defendeu ainda a elevação do status do presidente do BC para ministro, e afirmou que o objetivo foi evitar uma onda de denuncismo que pudesse atingir a imagem do país no mercado internacional.

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