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17/08/2005
-
19h10
da Folha Online
O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), recebeu nesta quarta-feira do advogado do publicitário Duda Mendonça, Antônio Mariz, e de sua sócia, Zilmar Fernandes, autorização espontânea para que sejam efetuadas as transferências de sigilos bancários à comissão.
Em depoimento à CPI, o publicitário disse que recebeu em 2003 mais de R$ 10 milhões referentes à dívidas de campanha do PT, feitas em 2002, por meio de uma conta aberta nas Bahamas, um paraíso fiscal. Hoje, à Polícia Federal, Antônio Mariz informou que o dinheiro recebido por Duda fora do Brasil era "repatriado", pois é "fruto de trabalho e de boa origem".
Sobre o depoimento da última terça-feira, em São Paulo, do doleiro Antônio Oliveira Claramunt --o Toninho da Barcelona--, Osmar Serraglio disse que foi importante na medida em que "ele mostrou como operava o envio de dinheiro ilegal para o exterior por meio de contas em paraísos fiscais e bancos internacionais".
No entanto, o relator ressaltou que qualquer benefício de redução de pena para o doleiro --que cumpre 25 anos de prisão na penitenciária de segurança máxima em Avaré (SP)-- "dependerá da consistência das informações que ele tem para apresentar".
"Até o momento não temos nada além das palavras dele", apontou Osmar Serraglio. Segundo o relator, no depoimento de terça-feira, Toninho da Barcelona falou que operava "mandando dinheiro para o exterior de vários partidos políticos". Quanto à transferência para a CPI dos Correios dos arquivos do banco americano MTB Bank, lacrados na CPI do Banestado, o deputado disse que já existe um requerimento da comissão aprovado a respeito disso.
Equívocos
O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), ressaltou que "não se pode deixar que nomes de pessoas e de instituições venham à tona sem qualquer prova, para se não cometer equívocos neste momento difícil". Antes de qualquer decisão sobre o caso de Toninho da Barcelona, o presidente da CPI quer saber o teor do seu depoimento em São Paulo e conversar com os deputados e senadores da comissão para tomar qualquer atitude.
Está marcada para esta quinta-feira, às 9h, uma reunião administrativa da comissão em que será discutido o depoimento de Toninho da Barcelona. Em seguida, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato deverá prestar depoimento.
Com Agência Brasil
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O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), recebeu nesta quarta-feira do advogado do publicitário Duda Mendonça, Antônio Mariz, e de sua sócia, Zilmar Fernandes, autorização espontânea para que sejam efetuadas as transferências de sigilos bancários à comissão.
Em depoimento à CPI, o publicitário disse que recebeu em 2003 mais de R$ 10 milhões referentes à dívidas de campanha do PT, feitas em 2002, por meio de uma conta aberta nas Bahamas, um paraíso fiscal. Hoje, à Polícia Federal, Antônio Mariz informou que o dinheiro recebido por Duda fora do Brasil era "repatriado", pois é "fruto de trabalho e de boa origem".
Sobre o depoimento da última terça-feira, em São Paulo, do doleiro Antônio Oliveira Claramunt --o Toninho da Barcelona--, Osmar Serraglio disse que foi importante na medida em que "ele mostrou como operava o envio de dinheiro ilegal para o exterior por meio de contas em paraísos fiscais e bancos internacionais".
No entanto, o relator ressaltou que qualquer benefício de redução de pena para o doleiro --que cumpre 25 anos de prisão na penitenciária de segurança máxima em Avaré (SP)-- "dependerá da consistência das informações que ele tem para apresentar".
"Até o momento não temos nada além das palavras dele", apontou Osmar Serraglio. Segundo o relator, no depoimento de terça-feira, Toninho da Barcelona falou que operava "mandando dinheiro para o exterior de vários partidos políticos". Quanto à transferência para a CPI dos Correios dos arquivos do banco americano MTB Bank, lacrados na CPI do Banestado, o deputado disse que já existe um requerimento da comissão aprovado a respeito disso.
Equívocos
O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), ressaltou que "não se pode deixar que nomes de pessoas e de instituições venham à tona sem qualquer prova, para se não cometer equívocos neste momento difícil". Antes de qualquer decisão sobre o caso de Toninho da Barcelona, o presidente da CPI quer saber o teor do seu depoimento em São Paulo e conversar com os deputados e senadores da comissão para tomar qualquer atitude.
Está marcada para esta quinta-feira, às 9h, uma reunião administrativa da comissão em que será discutido o depoimento de Toninho da Barcelona. Em seguida, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato deverá prestar depoimento.
Com Agência Brasil
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