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20/09/2005 - 14h45

Barcelona diz que CPI do Banestado pegou grandes doleiros do Brasil

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, reafirmou em depoimento nesta terça-feira à CPI dos Bingos que o Congresso deve investigar a fundo as informações em poder da CPI do Banestado para desvendar o caso do "mensalão". Segundo Barcelona, a CPI do Banestado deveria ser reaberta. "Com certeza, todos os grandes doleiros do Brasil foram pegos lá."

Barcelona afirmou que os parlamentares devem ter atenção especial com as operações feitas com o MTB Bank, em Nova Iorque. Segundo ele, somente grandes volumes são operados neste banco e ele nunca teve condições de fazê-lo. "Tem movimentações de US$ 1,2 bilhão. Na polícia, me perguntaram por que sou considerado o maior doleiro do país se em 18 anos minhas operações chegaram no máximo a US$ 400 milhões." Sobre esta conta bilionária do MTB Bank, Barcelona afirmou não poder dar mais informações aos integrantes da CPI.

Lula Marques/Folha Imagem
O doleiro Toninho da Barcelona
O doleiro Toninho da Barcelona
Ainda em seu depoimento, Barcelona caiu mais uma vez em contradição ao afirmar que não operava com recursos públicos. Depois, ele confirmou que sua empresa transferiu recursos para os Estados Unidos oriundos da prefeitura de Santo André (SP), que eram coletados de empresas de transporte coletivo. Barcelona disse que o dinheiro chegava em sua empresa em notas de R$ 5 e de R$ 10, deixando claro que vinham de transporte popular.

A nova contradição de Barcelona irritou o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que afirmou "ser necessário acabar com a idéia no Brasil de que criminoso é só quem faz sangrar". Serraglio alertou a Barcelona que o dinheiro da prefeitura de Santo André "é sim dinheiro público".

Barcelona explicou como funcionava a operação para a prefeitura de Santo André. De acordo com o seu relato, um homem de nome Tico Mineiro trazia o dinheiro que ele, Barcelona, utilizava para comprar dólares. Estes mesmos dólares eram revendidos a uma pessoa chamada Ernesto --o doleiro não citou o sobrenome. Este Ernesto enviava os recursos para os Estados Unidos.

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