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20/09/2005
-
20h24
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Depois de quase sete horas de depoimento aberto, o doleiro Antônio Claramunt, o Toninho da Barcelona, concordou em continuar falando em sessão reservada para os integrantes das três CPIs --Bingos, Correios e Mensalão.
O doleiro, que cumpre pena em São Paulo, sob acusação de evasão de divisas, confirmou em depoimento aberto temer por sua vida. Ao aceitar depor a portas fechadas, Barcelona disse temer complicar sua situação jurídica se falar sem ter provas.
Na avaliação do presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), o depoimento de Barcelona até o momento trouxe importantes novidades que devem ser investigadas e aprofundadas pelo Congresso.
"O depoimento traz alguns indicativos que as três comissões vão aproveitar para fazer o rastreamento dessas informações, que são importantes para descobrirmos o destino dos recursos."
Efraim informou ainda que amanhã deve ocorrer uma reunião com os presidentes e relatores das três CPIs para se determinar qual delas vai "se debruçar" sobre as informações trazidas por Barcelona. Em seu depoimento, o doleiro informou que operou, no total, um valor de R$ 7 milhões para o PT em uma única operação.
Foram trocados US$ 2,05 milhões e revertidos em R$ 7 milhões que foram repassados à corretora Bônus-Banval, que passou, segundo Barcelona, para o PT e partidos da base aliada. De acordo com Barcelona, a operação ocorreu entre setembro e outubro de 2002.
Apesar de confirmar a operação para o PT, Barcelona negou envolvimento com partidos políticos e aproveitou seu depoimento para desmentir que tenha feito qualquer acusação contra o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
O doleiro negou ainda que sejam verdadeiras as informações de que ele fez operações para Luiz Favre, marido da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.
Por outro lado, o doleiro confirmou que operou com recursos da prefeitura de Santo André. O doleiro acusou o relator da CPI do Banestado, deputado José Mentor (PT-SP), de ter impedido de depor na comissão porque ele poderia falar sobre as operações que fez ao PT.
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da Folha Online, em Brasília
Depois de quase sete horas de depoimento aberto, o doleiro Antônio Claramunt, o Toninho da Barcelona, concordou em continuar falando em sessão reservada para os integrantes das três CPIs --Bingos, Correios e Mensalão.
O doleiro, que cumpre pena em São Paulo, sob acusação de evasão de divisas, confirmou em depoimento aberto temer por sua vida. Ao aceitar depor a portas fechadas, Barcelona disse temer complicar sua situação jurídica se falar sem ter provas.
Na avaliação do presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), o depoimento de Barcelona até o momento trouxe importantes novidades que devem ser investigadas e aprofundadas pelo Congresso.
"O depoimento traz alguns indicativos que as três comissões vão aproveitar para fazer o rastreamento dessas informações, que são importantes para descobrirmos o destino dos recursos."
Efraim informou ainda que amanhã deve ocorrer uma reunião com os presidentes e relatores das três CPIs para se determinar qual delas vai "se debruçar" sobre as informações trazidas por Barcelona. Em seu depoimento, o doleiro informou que operou, no total, um valor de R$ 7 milhões para o PT em uma única operação.
Foram trocados US$ 2,05 milhões e revertidos em R$ 7 milhões que foram repassados à corretora Bônus-Banval, que passou, segundo Barcelona, para o PT e partidos da base aliada. De acordo com Barcelona, a operação ocorreu entre setembro e outubro de 2002.
Apesar de confirmar a operação para o PT, Barcelona negou envolvimento com partidos políticos e aproveitou seu depoimento para desmentir que tenha feito qualquer acusação contra o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
O doleiro negou ainda que sejam verdadeiras as informações de que ele fez operações para Luiz Favre, marido da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.
Por outro lado, o doleiro confirmou que operou com recursos da prefeitura de Santo André. O doleiro acusou o relator da CPI do Banestado, deputado José Mentor (PT-SP), de ter impedido de depor na comissão porque ele poderia falar sobre as operações que fez ao PT.
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