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09/11/2005
-
16h41
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Os integrantes das CPIs dos Correios e do Mensalão voltaram hoje a travar uma disputa velada. O objeto das divergências é a tese de que o Banco do Brasil transferiu recursos que deveriam ser empenhados na campanha da Visanet para o PT.
Membros da CPI dos Correios defendem a tese de que o BB desviou recursos para o PT; integrantes da CPI do Mensalão consideram premeditada a tese. A evidência da disputa foi a entrega de documentos da DNA, agência de publicidade de Marcos Valério Fernandes de Souza, à administração das CPIs.
O advogado de Valério, Paulo Sérgio Abreu e Silva, conforme relato de assessores, queria entregar a papelada ao senador Amir Lando (PMDB-RO), presidente da CPI do Mensalão. Tanto é que a foi petição encaminhada por Valério por e-mail apenas para Lando.
Antes de chegarem os documentos, o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), já desqualificava os papéis. Dizia que o Banco do Brasil era responsável por encaminhar as notas, não a empresa de Valério. O deputado apresentou, inclusive, relatório da Receita Federal que identificava notas faltas em poder das empresas de Valério.
Ao contrário, Amir Lando dava declarações que reforçavam a credibilidade dos documentos e criticavam, indiretamente, as avaliações dos integrantes da CPI dos Correios.
Lando disse que seria "leviano" se fizesse uma análise "a priori" dos documentos entregues pelo advogado de Valério. Suscitou ainda a dúvida se os integrantes da CPI dos Correios já haviam analisado todos os documentos em posse da comissão.
"Será que essa montanha de papel já foi analisada criticamente? O que há até agora são documentos virgens", afirmou o presidente da CPI do Mensalão.
Diante das críticas de lado a lado, integrantes da CPI dos Correios disseram que o deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG) ameaçava renunciar ao posto de relator da CPI do Mensalão. O deputado negou e disse que os "boatos" têm como objetivo confrontar as duas comissões.
"Não pretendo entrar em choque com a CPI dos Correios. Eles têm direito de fazer as declarações que acharem necessárias. O jeito mais prudente de agir é uma questão própria de cada CPI", disse.
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Os integrantes das CPIs dos Correios e do Mensalão voltaram hoje a travar uma disputa velada. O objeto das divergências é a tese de que o Banco do Brasil transferiu recursos que deveriam ser empenhados na campanha da Visanet para o PT.
Membros da CPI dos Correios defendem a tese de que o BB desviou recursos para o PT; integrantes da CPI do Mensalão consideram premeditada a tese. A evidência da disputa foi a entrega de documentos da DNA, agência de publicidade de Marcos Valério Fernandes de Souza, à administração das CPIs.
O advogado de Valério, Paulo Sérgio Abreu e Silva, conforme relato de assessores, queria entregar a papelada ao senador Amir Lando (PMDB-RO), presidente da CPI do Mensalão. Tanto é que a foi petição encaminhada por Valério por e-mail apenas para Lando.
Antes de chegarem os documentos, o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), já desqualificava os papéis. Dizia que o Banco do Brasil era responsável por encaminhar as notas, não a empresa de Valério. O deputado apresentou, inclusive, relatório da Receita Federal que identificava notas faltas em poder das empresas de Valério.
Ao contrário, Amir Lando dava declarações que reforçavam a credibilidade dos documentos e criticavam, indiretamente, as avaliações dos integrantes da CPI dos Correios.
Lando disse que seria "leviano" se fizesse uma análise "a priori" dos documentos entregues pelo advogado de Valério. Suscitou ainda a dúvida se os integrantes da CPI dos Correios já haviam analisado todos os documentos em posse da comissão.
"Será que essa montanha de papel já foi analisada criticamente? O que há até agora são documentos virgens", afirmou o presidente da CPI do Mensalão.
Diante das críticas de lado a lado, integrantes da CPI dos Correios disseram que o deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG) ameaçava renunciar ao posto de relator da CPI do Mensalão. O deputado negou e disse que os "boatos" têm como objetivo confrontar as duas comissões.
"Não pretendo entrar em choque com a CPI dos Correios. Eles têm direito de fazer as declarações que acharem necessárias. O jeito mais prudente de agir é uma questão própria de cada CPI", disse.
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