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31/01/2006
-
19h19
da Folha Online
A Caixa Econômica Federal declarou nesta terça-feira que ficou "surpresa" com a aprovação do relatório da CPI dos Bingos e que, após quase três anos de assinatura do contrato com a empresa GTech, "nada foi comprovado que colocasse em dúvida a lisura e correção dos procedimentos adotados por seus dirigentes e empregados".
O relatório aprovado hoje pelos integrantes da CPI pede o indiciamento de 34 pessoas e três empresas, entre elas o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, e seus antecessores Sérgio Cutolo e Emílio Carazzai. O texto também contém a proposta de que o Congresso Nacional, por decreto legislativo, torne nulo o contrato da GTech com a Caixa desde 14 de maio e proíba sua prorrogação.
Os integrantes da CPI ainda não votaram, no entanto, emendas que pedem a retirada dos nomes do relatório ou mesmo ampliar as acusações contra envolvidos nas negociações entre a empresa Gtech e a Caixa. O banco afirmou, por meio da nota, que "aguarda a votação das emendas, com serenidade e confiança".
Leia abaixo a íntegra da nota.
"A Caixa Econômica Federal, empresa pública com 145 anos de relevantes serviços prestados a nação --e que tem nos últimos anos, obtido os melhores resultados de sua história-- manifesta sua surpresa pela aprovação do relatório parcial da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, sem a votação das emendas apresentadas pelos parlamentares.
A Caixa, no entanto, aguarda a votação das emendas, com serenidade e confiança no reconhecimento da legitimidade de suas ações e de seus representantes legais.
Transcorridos quase três anos da assinatura do aditamento ao contrato com a empresa GTech, em abril de 2003, nada foi comprovado que colocasse em dúvida a lisura e correção dos procedimentos adotados por seus dirigentes e empregados. Pela primeira vez, desde 1997, obteve-se uma redução de custos da ordem de 15%, foram liberadas a abertura de 4000 novos correspondentes bancários --antes vedadas por decisão judicial-- e foi possível a transferência da base de dados das transações lotéricas, então de posse da GTech. A assinatura do termo aditivo proporcionou a economia de R$ 117 milhões.
A CPI solicitou ao TCU (Tribunal de Contas da União), manifestação quanto a matéria. Por meio do Acórdão nº 2.252/2005, o Tribunal considerou que todas as providências adotadas pela atual gestão da Caixa, no relacionamento com a GTech, foram adequadas e permitirão --ainda este ano-- que ela processe, com sistema próprio, as loterias e os serviços bancários realizados pelos lotéricos, desvencilhando-se de uma dependência tecnológica, que se arrasta há uma década".
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A Caixa Econômica Federal declarou nesta terça-feira que ficou "surpresa" com a aprovação do relatório da CPI dos Bingos e que, após quase três anos de assinatura do contrato com a empresa GTech, "nada foi comprovado que colocasse em dúvida a lisura e correção dos procedimentos adotados por seus dirigentes e empregados".
O relatório aprovado hoje pelos integrantes da CPI pede o indiciamento de 34 pessoas e três empresas, entre elas o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, e seus antecessores Sérgio Cutolo e Emílio Carazzai. O texto também contém a proposta de que o Congresso Nacional, por decreto legislativo, torne nulo o contrato da GTech com a Caixa desde 14 de maio e proíba sua prorrogação.
Os integrantes da CPI ainda não votaram, no entanto, emendas que pedem a retirada dos nomes do relatório ou mesmo ampliar as acusações contra envolvidos nas negociações entre a empresa Gtech e a Caixa. O banco afirmou, por meio da nota, que "aguarda a votação das emendas, com serenidade e confiança".
Leia abaixo a íntegra da nota.
"A Caixa Econômica Federal, empresa pública com 145 anos de relevantes serviços prestados a nação --e que tem nos últimos anos, obtido os melhores resultados de sua história-- manifesta sua surpresa pela aprovação do relatório parcial da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, sem a votação das emendas apresentadas pelos parlamentares.
A Caixa, no entanto, aguarda a votação das emendas, com serenidade e confiança no reconhecimento da legitimidade de suas ações e de seus representantes legais.
Transcorridos quase três anos da assinatura do aditamento ao contrato com a empresa GTech, em abril de 2003, nada foi comprovado que colocasse em dúvida a lisura e correção dos procedimentos adotados por seus dirigentes e empregados. Pela primeira vez, desde 1997, obteve-se uma redução de custos da ordem de 15%, foram liberadas a abertura de 4000 novos correspondentes bancários --antes vedadas por decisão judicial-- e foi possível a transferência da base de dados das transações lotéricas, então de posse da GTech. A assinatura do termo aditivo proporcionou a economia de R$ 117 milhões.
A CPI solicitou ao TCU (Tribunal de Contas da União), manifestação quanto a matéria. Por meio do Acórdão nº 2.252/2005, o Tribunal considerou que todas as providências adotadas pela atual gestão da Caixa, no relacionamento com a GTech, foram adequadas e permitirão --ainda este ano-- que ela processe, com sistema próprio, as loterias e os serviços bancários realizados pelos lotéricos, desvencilhando-se de uma dependência tecnológica, que se arrasta há uma década".
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