Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/11/2006 - 15h28

Temer sela entrada de PMDB no governo em encontro com Lula

Publicidade

ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), selou hoje a entrada do partido no segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Temer, o partido deve formalizar essa coalizão com o governo Lula nos próximos dias.

Depois de duas horas de reunião com o presidente Lula, Temer deixou o Palácio do Planalto avisando que o partido não está mais dividido entre governistas e independentes. O fim dessa divisão já havia sido estipulado por Lula como requisito para a entrada do PMDB no governo. Segundo Temer, o PMDB agora é "majoritariamente governista".

O deputado negou que tenha recebido de Lula promessa de cargos em troca do apoio. "Não houve nenhuma conversa referente a ministérios, a cargos. Não era o nosso objetivo. Nossa concepção é a de que em face dos projetos a serem executados e a critério do presidente da República, se for o caso, para a execução destes projetos e para a conseqüência deles, o PMDB pode ser chamado para ajudá-lo na execução. Isso poderá ou não importar em ministérios e cargos para o partido", disse.

O presidente Lula apresentou uma agenda mínima para o PMDB com suas prioridades para o segundo mandato. São sete pontos que contemplam as reformas política e tributária, medidas que garantam o crescimento do país no próximo ano em 5%, a consolidação de políticas de transferência de renda, a revisão do pacto federativo e a criação de um conselho político formado pelos partidos de coalizão. Recebeu o apoio do partido para tocar estas propostas.

Temer chegou acompanhado para o encontro com Lula do ex-governador Orestes Quércia (SP), dos deputados Henrique Eduardo Alves (RN), Moreira Franco (RJ) e Tadeu Filipelli (DF). Com exceção de Moreira, os demais são membros da Executiva nacional do partido.

Reforma ministerial

Antes de conversar com o grupo, Lula teve um encontro reservado com Temer que durou cerca de meia hora.

Na ocasião, o presidente disse que não tem pressa de formar seu novo ministério. Segundo relato do peemedebista, Lula afirmou que está com a equipe montada e que prefere primeiro construir uma coalizão em torno do seu governo para somente depois distribuir cargos.

Quércia afirmou que Lula deixou a impressão de que só vai definir o novo ministério depois das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, indicando que vai negociar estes cargos para a montagem do próximo governo.

O assunto provoca discórdia entre os partidos aliados. O PMDB sustenta que tem direito à presidência da Câmara por ter eleito a maior bancada em outubro para a próxima legislatura. O PT alega, porém, que se o partido quiser continuar na presidência do Senado não poderá disputar o comando da Câmara. Ao deixar o encontro com Lula, Temer disse que o PMDB da Câmara obteve a maioria e deve "exigir" o comando da Casa.

Leia mais
  • Bolsa Família não prevê 13º salário, diz secretária-executiva
  • Expedito diz que Valdebran se dispôs a "tirar R$ 1 mi do bolso" para dossiê
  • Itamar não aceitaria dialogar com Lula, dizem aliados
  • Lula recebe governadores e oficializa apoio para o segundo mandato

    Especial
  • Leia a cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página