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07/12/2006
-
09h05
FÁBIO ZANINI
LETICIA SANDER
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Um dia após ser desafiado pelo PT, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), começou a reagir e a articular sua reeleição, acirrando a animosidade na base governista. Ele deve anunciar na semana que vem sua candidatura contra o líder do governo na Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Pela manhã, ao chegar à Câmara, Aldo pela primeira vez assumiu publicamente que poderá disputar o cargo, em fevereiro. "Eu conheço os deputados. Tenho mantido conversações e continuarei conversando, respeitando a candidatura legítima de todo e qualquer partido." Aproveitou para alfinetar Chinaglia, dizendo que "não há necessidade de precipitar o processo sucessório".
Pouco depois, Aldo se reuniu em seu gabinete com o segundo vice-presidente da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), conhecido como o "herdeiro" do ex-presidente Severino Cavalcanti (PP-PE). Com trânsito no "baixo clero", Ciro saiu da reunião com a missão de reunir apoios.
A adesão de Ciro ao comunista é um baque na pretensão de Chinaglia de contar logo de cara com a totalidade do PP. "Aldo tem direito à reeleição. Se sai mais de um candidato da base aliada, vai ser um Deus nos acuda", declarou Nogueira.
O presidente da Câmara já tem um roteiro esboçado. Ele espera partir de uma base sólida em partidos aliados, compensando a falta de apoio do PT com o seu PC do B mais a adesão integral do PSB e da oposição. Também aposta em partes do PR, PP e PTB. Chinaglia tem a seu favor a simpatia dos líderes destes três partidos, mas Aldo investe no "baixo clero".
"A coalizão de governo tem que ter equilíbrio. Se o PMDB tem a presidência do Senado e o PT tem a Presidência da República, que outro partido tenha o comando da Câmara. O Aldo representa esse equilíbrio", disse Renato Casagrande (ES), secretário-geral do PSB.
Os adeptos de Aldo apostam que o PMDB, mesmo tendo aprovado ontem o lançamento de candidatura própria, desistirá mais à frente, de olho na participação no governo. Nesse caso, o presidente da Câmara espera abocanhar a maioria do partido, ajudado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.
Segundo um cacique do PFL, "99% da bancada do partido votaria na reeleição". No PSDB, a tendência também é forte.
Sem chance
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse ontem que "não há a menor possibilidade" de a base aliada ter mais de um candidato.
Segundo ele, o Planalto fechou um "contrato político" com o PT de que o nome de Chinaglia "jamais representará um impasse para conseguir um nome comum" entre governistas. Para Tarso, os dois nomes governistas já lançados --Aldo e Chinaglia-- são "igualmente fortes". Sobre a possibilidade de uma disputa, ele repetiu: "Teremos um só candidato".
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Aldo reage ao PT e já articula sua reeleição
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LETICIA SANDER
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Um dia após ser desafiado pelo PT, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), começou a reagir e a articular sua reeleição, acirrando a animosidade na base governista. Ele deve anunciar na semana que vem sua candidatura contra o líder do governo na Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Pela manhã, ao chegar à Câmara, Aldo pela primeira vez assumiu publicamente que poderá disputar o cargo, em fevereiro. "Eu conheço os deputados. Tenho mantido conversações e continuarei conversando, respeitando a candidatura legítima de todo e qualquer partido." Aproveitou para alfinetar Chinaglia, dizendo que "não há necessidade de precipitar o processo sucessório".
Pouco depois, Aldo se reuniu em seu gabinete com o segundo vice-presidente da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), conhecido como o "herdeiro" do ex-presidente Severino Cavalcanti (PP-PE). Com trânsito no "baixo clero", Ciro saiu da reunião com a missão de reunir apoios.
A adesão de Ciro ao comunista é um baque na pretensão de Chinaglia de contar logo de cara com a totalidade do PP. "Aldo tem direito à reeleição. Se sai mais de um candidato da base aliada, vai ser um Deus nos acuda", declarou Nogueira.
O presidente da Câmara já tem um roteiro esboçado. Ele espera partir de uma base sólida em partidos aliados, compensando a falta de apoio do PT com o seu PC do B mais a adesão integral do PSB e da oposição. Também aposta em partes do PR, PP e PTB. Chinaglia tem a seu favor a simpatia dos líderes destes três partidos, mas Aldo investe no "baixo clero".
"A coalizão de governo tem que ter equilíbrio. Se o PMDB tem a presidência do Senado e o PT tem a Presidência da República, que outro partido tenha o comando da Câmara. O Aldo representa esse equilíbrio", disse Renato Casagrande (ES), secretário-geral do PSB.
Os adeptos de Aldo apostam que o PMDB, mesmo tendo aprovado ontem o lançamento de candidatura própria, desistirá mais à frente, de olho na participação no governo. Nesse caso, o presidente da Câmara espera abocanhar a maioria do partido, ajudado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.
Segundo um cacique do PFL, "99% da bancada do partido votaria na reeleição". No PSDB, a tendência também é forte.
Sem chance
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse ontem que "não há a menor possibilidade" de a base aliada ter mais de um candidato.
Segundo ele, o Planalto fechou um "contrato político" com o PT de que o nome de Chinaglia "jamais representará um impasse para conseguir um nome comum" entre governistas. Para Tarso, os dois nomes governistas já lançados --Aldo e Chinaglia-- são "igualmente fortes". Sobre a possibilidade de uma disputa, ele repetiu: "Teremos um só candidato".
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