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12/12/2006
-
08h07
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cuiabá
Chefe da máfia dos sanguessugas, Luiz Antonio Vedoin, 31, disse ontem à Polícia Federal que até conhecer o empresário Abel Pereira e começar a lhe pagar propina, em 2002 --quando Barjas Negri (PSDB) era o titular do Ministério da Saúde--, tinha dificuldade para receber verbas do ministério.
No governo Lula, em 2003, segundo Vedoin, o papel de Abel foi assumido pelo deputado federal eleito José Airton Cirilo (PT-CE).
Vedoin disse que, durante a administração de Barjas Negri, pagava a Abel 6,5% sobre a verba liberada pelo ministério devido à atuação do empresário,
Em 2003, segundo Vedoin, o pagamento de 5% a 10% passou a ocorrer para Cirilo --que, ainda conforme o chefe dos sanguessugas, era ligado ao então ministro Humberto Costa.
No depoimento, Vedoin afirmou que na gestão de José Serra (PSDB), antecessor de Barjas no ministério, a liberação de verbas ocorria sem pagamento de propina.
Ainda no depoimento, Vedoin afirmou que o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) não teve envolvimento com a máfia dos sanguessugas.
Quando falou à PF em outubro, Abel afirmou que Vedoin o procurou em agosto e ofereceu um dossiê contra Mercadante.
As declarações de Vedoin ontem ocorreram no inquérito que investiga a participação de Abel na máfia dos sanguessugas. É uma investigação paralela à apuração da origem de R$ 1,168 milhão e US$ 248,8 mil que seriam usados por petistas na compra de um dossiê contra tucanos.
À PF, Vedoin disse que, em 2002, o então prefeito de Jaciara (MT) Valdizete Martins Nogueira indicou Abel como pessoa de acesso ao então ministro Barjas Negri.
À Justiça Federal, no mês de agosto, o chefe dos sanguessugas declarou que Abel conseguiu liberar de R$ 3 milhões a R$ 3,5 milhões em verba do ministério.
Vedoin afirmou que, a mando de Abel, depositou R$ 130 mil em dezembro de 2002 na conta das empresas Datamicro Informática e Império Representações Turísticas, de Governador Valadares e Ipatinga (MG).
Dados do Ministério Público Federal apontam que as duas empresas movimentaram mais de R$ 200 milhões de agosto de 2001 a novembro de 2003, em operações que indicam lavagem de dinheiro.
Ainda para a PF, Vedoin afirmou que, em 14 de setembro, quando entregou à Justiça Federal cheques e comprovantes de depósitos na conta da Datamicro e Império, foi procurado por Abel em Cuiabá, mas não quis falar com ele.
Vedoin negou, porém, que Abel tenha oferecido dinheiro a ele para comprar um dossiê contra tucanos. Naquele dia 14, dois emissários do PT, Expedito Veloso e Osvaldo Bargas, estavam em Cuiabá acompanhando a entrevista de Vedoin à revista "IstoÉ", na qual ele fazia acusação contra Abel. Expedito diz que essa denúncia fazia parte do dossiê.
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da Agência Folha, em Cuiabá
Chefe da máfia dos sanguessugas, Luiz Antonio Vedoin, 31, disse ontem à Polícia Federal que até conhecer o empresário Abel Pereira e começar a lhe pagar propina, em 2002 --quando Barjas Negri (PSDB) era o titular do Ministério da Saúde--, tinha dificuldade para receber verbas do ministério.
No governo Lula, em 2003, segundo Vedoin, o papel de Abel foi assumido pelo deputado federal eleito José Airton Cirilo (PT-CE).
Vedoin disse que, durante a administração de Barjas Negri, pagava a Abel 6,5% sobre a verba liberada pelo ministério devido à atuação do empresário,
Em 2003, segundo Vedoin, o pagamento de 5% a 10% passou a ocorrer para Cirilo --que, ainda conforme o chefe dos sanguessugas, era ligado ao então ministro Humberto Costa.
No depoimento, Vedoin afirmou que na gestão de José Serra (PSDB), antecessor de Barjas no ministério, a liberação de verbas ocorria sem pagamento de propina.
Ainda no depoimento, Vedoin afirmou que o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) não teve envolvimento com a máfia dos sanguessugas.
Quando falou à PF em outubro, Abel afirmou que Vedoin o procurou em agosto e ofereceu um dossiê contra Mercadante.
As declarações de Vedoin ontem ocorreram no inquérito que investiga a participação de Abel na máfia dos sanguessugas. É uma investigação paralela à apuração da origem de R$ 1,168 milhão e US$ 248,8 mil que seriam usados por petistas na compra de um dossiê contra tucanos.
À PF, Vedoin disse que, em 2002, o então prefeito de Jaciara (MT) Valdizete Martins Nogueira indicou Abel como pessoa de acesso ao então ministro Barjas Negri.
À Justiça Federal, no mês de agosto, o chefe dos sanguessugas declarou que Abel conseguiu liberar de R$ 3 milhões a R$ 3,5 milhões em verba do ministério.
Vedoin afirmou que, a mando de Abel, depositou R$ 130 mil em dezembro de 2002 na conta das empresas Datamicro Informática e Império Representações Turísticas, de Governador Valadares e Ipatinga (MG).
Dados do Ministério Público Federal apontam que as duas empresas movimentaram mais de R$ 200 milhões de agosto de 2001 a novembro de 2003, em operações que indicam lavagem de dinheiro.
Ainda para a PF, Vedoin afirmou que, em 14 de setembro, quando entregou à Justiça Federal cheques e comprovantes de depósitos na conta da Datamicro e Império, foi procurado por Abel em Cuiabá, mas não quis falar com ele.
Vedoin negou, porém, que Abel tenha oferecido dinheiro a ele para comprar um dossiê contra tucanos. Naquele dia 14, dois emissários do PT, Expedito Veloso e Osvaldo Bargas, estavam em Cuiabá acompanhando a entrevista de Vedoin à revista "IstoÉ", na qual ele fazia acusação contra Abel. Expedito diz que essa denúncia fazia parte do dossiê.
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