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25/12/2006
-
10h11
MICHELE OLIVEIRA
da Folha de S.Paulo
"Por que a economia brasileira não cresce a índices mais elevados?" Se a pergunta que inicia a sinopse de um dos cursos do ano que vem da Casa do Saber for a dúvida do leitor, ele poderá tentar tirá-la diretamente com um dos principais envolvidos no tema, o ex-ministro Antonio Palocci. Petista que esteve no comando da economia do país entre 2003 e 2006, período em que o Brasil registrou baixas taxas de crescimento, ele foi chamado pela instituição para falar do assunto em fevereiro.
E quem seria o professor mais indicado para discutir o sistema político-eleitoral brasileiro e a "quase" impossibilidade de "formar uma maioria parlamentar suficiente para dar sustentação sólida" ao governo? Para a Casa do Saber, é o deputado federal eleito José Genoino, ex-presidente do PT envolvido com o caso do mensalão, que foi a distribuição de dinheiro para parlamentares da base aliada do governo Lula.
A lista de cursos do ano que vem ainda inclui três palestras do ex-governador Geraldo Alckmin --presidenciável derrotado na última eleição-- sobre a disputa recente com o eleito Luiz Inácio Lula da Silva e sobre sua experiência administrativa.
Parece contraditório chamar esses três políticos para falar de temas em que, digamos, não se saíram tão bem assim? Para Mario Vitor Santos, diretor-executivo da Casa do Saber, não é. "Pessoas que tenham tido experiência direta com algumas situações têm certamente algo a transmitir", diz Santos.
Esse será o desafio de Palocci, que tentará explicar por que o "o Brasil vem crescendo modestamente", como consta da programação do curso. Em 2005, quando ele chefiava a Fazenda, o PIB cresceu 2,3%, taxa somente superior à do Haiti em toda a América Latina.
Já Genoino, denunciado pelo procurador-geral da República como um dos comandantes de uma "organização criminosa", como está no inquérito do mensalão, vai abordar um "problema sério" do sistema político-eleitoral.
Diz a programação: "O vitorioso [o presidente] vê-se obrigado a procurar essa maioria [parlamentar] com outros partidos, o que muitas vezes implica negociações fisiológicas no Congresso".
Se ele vai mencionar o mensalão ou não, o diretor da Casa do Saber não pode responder. "A nós interessa a experiência que eles tiveram. Não estamos fazendo nenhum julgamento", afirma. Santos diz que os temas foram elaborados juntamente com os palestrantes.
Alckmin, por sua vez, vai contar dos "principais temas que cercaram seu governo e a campanha para presidente".
O ex-governador promete revelar bastidores da eleição em que saiu derrotado depois de levar a disputa para o segundo turno.
Os cursos acontecem entre fevereiro e março e custam a partir de R$ 100. Mais informações no site www.casadosaber.com.br.
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da Folha de S.Paulo
"Por que a economia brasileira não cresce a índices mais elevados?" Se a pergunta que inicia a sinopse de um dos cursos do ano que vem da Casa do Saber for a dúvida do leitor, ele poderá tentar tirá-la diretamente com um dos principais envolvidos no tema, o ex-ministro Antonio Palocci. Petista que esteve no comando da economia do país entre 2003 e 2006, período em que o Brasil registrou baixas taxas de crescimento, ele foi chamado pela instituição para falar do assunto em fevereiro.
E quem seria o professor mais indicado para discutir o sistema político-eleitoral brasileiro e a "quase" impossibilidade de "formar uma maioria parlamentar suficiente para dar sustentação sólida" ao governo? Para a Casa do Saber, é o deputado federal eleito José Genoino, ex-presidente do PT envolvido com o caso do mensalão, que foi a distribuição de dinheiro para parlamentares da base aliada do governo Lula.
A lista de cursos do ano que vem ainda inclui três palestras do ex-governador Geraldo Alckmin --presidenciável derrotado na última eleição-- sobre a disputa recente com o eleito Luiz Inácio Lula da Silva e sobre sua experiência administrativa.
Parece contraditório chamar esses três políticos para falar de temas em que, digamos, não se saíram tão bem assim? Para Mario Vitor Santos, diretor-executivo da Casa do Saber, não é. "Pessoas que tenham tido experiência direta com algumas situações têm certamente algo a transmitir", diz Santos.
Esse será o desafio de Palocci, que tentará explicar por que o "o Brasil vem crescendo modestamente", como consta da programação do curso. Em 2005, quando ele chefiava a Fazenda, o PIB cresceu 2,3%, taxa somente superior à do Haiti em toda a América Latina.
Já Genoino, denunciado pelo procurador-geral da República como um dos comandantes de uma "organização criminosa", como está no inquérito do mensalão, vai abordar um "problema sério" do sistema político-eleitoral.
Diz a programação: "O vitorioso [o presidente] vê-se obrigado a procurar essa maioria [parlamentar] com outros partidos, o que muitas vezes implica negociações fisiológicas no Congresso".
Se ele vai mencionar o mensalão ou não, o diretor da Casa do Saber não pode responder. "A nós interessa a experiência que eles tiveram. Não estamos fazendo nenhum julgamento", afirma. Santos diz que os temas foram elaborados juntamente com os palestrantes.
Alckmin, por sua vez, vai contar dos "principais temas que cercaram seu governo e a campanha para presidente".
O ex-governador promete revelar bastidores da eleição em que saiu derrotado depois de levar a disputa para o segundo turno.
Os cursos acontecem entre fevereiro e março e custam a partir de R$ 100. Mais informações no site www.casadosaber.com.br.
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