Publicidade
Publicidade
27/02/2007
-
11h07
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha
A Polícia Federal de Mato Grosso deve indiciar ao menos mais 17 pessoas que atuaram como "laranjas" do esquema para obter o R$ 1,75 milhão que seria usado na compra do dossiê contra tucanos, em setembro de 2006. O dinheiro foi apreendido em um hotel de São Paulo.
O superintendente da Polícia Federal de Mato Grosso, Daniel Lorenz, disse ontem que o caso terá mais indiciados e que novas investigações serão realizadas, desde que a PF receba o inquérito de volta.
O inquérito do dossiêgate deve retornar para a Justiça Federal do Mato Grosso após o parecer, dado na sexta-feira passada, pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.
O procurador recomendou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a anulação do indiciamento do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que tem foro privilegiado.
"Não tivemos acesso ao parecer do procurador e não sabemos qual será a decisão do STF. Se recebermos o inquérito novamente, deve haver indiciamentos e outros desdobramentos", disse Lorenz.
Os "laranjas" são ligados a casas de câmbio e devem ser indiciados por crimes contra o sistema financeiro.
O relatório final da PF indicou que US$ 248,8 mil que seriam usados na compra do dossiê saíram da casa de câmbio Vicatur, localizada em Nova Iguaçu (RJ).
A PF também deve indiciar "laranjas" que atuaram no esquema em Minas Gerais. Para isso, investigadores pretendem completar o cruzamento de ligações telefônicas feitas por envolvidos. Os nomes estão sendo mantidos em sigilo. O dinheiro, segunda a PF, seria usado na compra do dossiê.
Após 96 dias de investigação, a PF indiciou por lavagem de dinheiro os emissários petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos (presos no hotel), além do ex-assessor de Mercadante Hamilton Lacerda --filmado com uma mala no saguão do hotel momentos antes de o dinheiro ser apreendido pela PF.
O tesoureiro de Mercadante na campanha ao governo de São Paulo no ano passado, José Giácomo Baccarin, foi indiciado por crime eleitoral. Dois sócios da Vicatur também foram indiciados por lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.
Leia mais
Procurador vai pedir à PF mais investigação sobre dossiegate
Corregedor-geral abre prazo para manifestações sobre inquérito do dossiegate
PF já indiciou 16 parlamentares investigados pela máfia dos sanguessugas
Especial
Leia mais sobre o caso dossiegate
PF deve indiciar 17 "laranjas" no caso dossiegate
Publicidade
da Agência Folha
A Polícia Federal de Mato Grosso deve indiciar ao menos mais 17 pessoas que atuaram como "laranjas" do esquema para obter o R$ 1,75 milhão que seria usado na compra do dossiê contra tucanos, em setembro de 2006. O dinheiro foi apreendido em um hotel de São Paulo.
O superintendente da Polícia Federal de Mato Grosso, Daniel Lorenz, disse ontem que o caso terá mais indiciados e que novas investigações serão realizadas, desde que a PF receba o inquérito de volta.
O inquérito do dossiêgate deve retornar para a Justiça Federal do Mato Grosso após o parecer, dado na sexta-feira passada, pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.
O procurador recomendou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a anulação do indiciamento do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que tem foro privilegiado.
"Não tivemos acesso ao parecer do procurador e não sabemos qual será a decisão do STF. Se recebermos o inquérito novamente, deve haver indiciamentos e outros desdobramentos", disse Lorenz.
Os "laranjas" são ligados a casas de câmbio e devem ser indiciados por crimes contra o sistema financeiro.
O relatório final da PF indicou que US$ 248,8 mil que seriam usados na compra do dossiê saíram da casa de câmbio Vicatur, localizada em Nova Iguaçu (RJ).
A PF também deve indiciar "laranjas" que atuaram no esquema em Minas Gerais. Para isso, investigadores pretendem completar o cruzamento de ligações telefônicas feitas por envolvidos. Os nomes estão sendo mantidos em sigilo. O dinheiro, segunda a PF, seria usado na compra do dossiê.
Após 96 dias de investigação, a PF indiciou por lavagem de dinheiro os emissários petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos (presos no hotel), além do ex-assessor de Mercadante Hamilton Lacerda --filmado com uma mala no saguão do hotel momentos antes de o dinheiro ser apreendido pela PF.
O tesoureiro de Mercadante na campanha ao governo de São Paulo no ano passado, José Giácomo Baccarin, foi indiciado por crime eleitoral. Dois sócios da Vicatur também foram indiciados por lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice