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02/08/2006
-
12h55
da Efe, em Viena
Paul Crutzen, Prêmio Nobel de Química e descobridor do buraco da camada de ozônio, propôs um experimento para reduzir o aquecimento mundial do planeta --conhecido como efeito estufa-- que consistiria em refletir a luz dos raios solares ao espaço a partir da estratosfera, através do lançamento de enxofre.
O poder refletor --denominado "albedo" e que depende da quantidade, expressa em porcentagem, de radiação que incide sobre qualquer superfície-- já existe na atmosfera, pois "o ar não é limpo, há milhões de partículas na atmosfera", explicou o químico ao jornal vienense "Der Standard" desta quarta-feira.
Crutzen lembrou que a poluição do ar também esfria o planeta, uma vez que "as partículas refletem uma parte dos raios solares", com o qual existe o seguinte dilema: "se limparmos o ar, a Terra sofreria um aquecimento". "Quero deslocar isso para a estratosfera", disse o cientista.
A proposta de Crutzen é recorrer ao enxofre e lançar (com canhões, por exemplo) sulfeto de hidrogênio. Há a formação de dióxido de enxofre por oxidação, e depois partículas de ácido sulfúrico.
A vantagem de um método assim é que se pode ter um modelo natural para observar seu efeito, quando um vulcão entra em erupção, já que também lança enxofre na estratosfera. "Depois da erupção do Pinatubo [Filipinas], em 1991, a temperatura global caiu meio grau durante dois anos e meio", lembra.
Segundo os cálculos do químico, o custo do experimento seria alto, pois oscilaria entre US$ 25 bilhões e US$ 50 bilhões por ano, mas se justificaria pois, "quando o nível do mar crescer vários metros, as perdas poderão somar trilhões".
Crutzen, que cunhou o termo "inverno nuclear" (conseqüências após uma teórica guerra nuclear), recebeu o prêmio Nobel de Química em 1995 devido a seu trabalho sobre o ozônio na estratosfera, e atualmente trabalha na Áustria como cientista convidado pelo Instituto Internacional para a Análise de Sistemas Aplicados (Iiasa), com sede em Laxenburg, 16 quilômetros ao sul de Viena.
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Paul Crutzen, Prêmio Nobel de Química e descobridor do buraco da camada de ozônio, propôs um experimento para reduzir o aquecimento mundial do planeta --conhecido como efeito estufa-- que consistiria em refletir a luz dos raios solares ao espaço a partir da estratosfera, através do lançamento de enxofre.
O poder refletor --denominado "albedo" e que depende da quantidade, expressa em porcentagem, de radiação que incide sobre qualquer superfície-- já existe na atmosfera, pois "o ar não é limpo, há milhões de partículas na atmosfera", explicou o químico ao jornal vienense "Der Standard" desta quarta-feira.
Crutzen lembrou que a poluição do ar também esfria o planeta, uma vez que "as partículas refletem uma parte dos raios solares", com o qual existe o seguinte dilema: "se limparmos o ar, a Terra sofreria um aquecimento". "Quero deslocar isso para a estratosfera", disse o cientista.
A proposta de Crutzen é recorrer ao enxofre e lançar (com canhões, por exemplo) sulfeto de hidrogênio. Há a formação de dióxido de enxofre por oxidação, e depois partículas de ácido sulfúrico.
A vantagem de um método assim é que se pode ter um modelo natural para observar seu efeito, quando um vulcão entra em erupção, já que também lança enxofre na estratosfera. "Depois da erupção do Pinatubo [Filipinas], em 1991, a temperatura global caiu meio grau durante dois anos e meio", lembra.
Segundo os cálculos do químico, o custo do experimento seria alto, pois oscilaria entre US$ 25 bilhões e US$ 50 bilhões por ano, mas se justificaria pois, "quando o nível do mar crescer vários metros, as perdas poderão somar trilhões".
Crutzen, que cunhou o termo "inverno nuclear" (conseqüências após uma teórica guerra nuclear), recebeu o prêmio Nobel de Química em 1995 devido a seu trabalho sobre o ozônio na estratosfera, e atualmente trabalha na Áustria como cientista convidado pelo Instituto Internacional para a Análise de Sistemas Aplicados (Iiasa), com sede em Laxenburg, 16 quilômetros ao sul de Viena.
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