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17/05/2006
-
08h31
da Folha de S.Paulo
A rotina da família foi afetada pela onda de violência de anteontem na opinião de 85% dos entrevistados pelo Datafolha. Foi a rotina mais afetada quando se tenta aferir o impacto dos ataques no cotidiano do paulistano.
O transporte aparece logo em seguida, em conseqüência dos 111 ônibus incendiados e das linhas que não circularam por temor de que os veículos fossem alvos de ataques. A locomoção foi afetada pela ação do PCC na opinião de 83%. Já a rotina do trabalho foi alterada segundo 72%.
A rotina que sofreu menos alteração foi a dos estudos: 61% dizem que não mudaram o seu dia-a-dia nessa área, apesar das dezenas de escolas e universidades que dispensaram os alunos.
A apreensão quanto à segurança de parentes e amigos deixou 77% dos paulistanos muito preocupados. Apenas 7% dos moradores da capital declararam não ter preocupação.
Inseguros e com medo, muitos tentaram entrar em contato com familiares por telefone. A sobrecarga no sistema provocou uma pane no sistema de telefonia celular e impediu muitas ligações de serem completadas.
Curiosamente, nenhum entrevistado declarou ter recebido informações sobre a crise na segurança pública por telefone celular. Apenas 2% afirmaram ter usado o telefone fixo para essa finalidade. A grande fonte de informação para os paulistanos foi a TV: 80% recorreram a esse meio para se informar, de acordo com o Datafolha. Muitos canais suspenderam a programação normal para enfatizar a cobertura da crise; outros adotaram flashes durante a programação.
O rádio foi usado por 11% dos paulistanos para obter notícias do que ocorria na cidade e a internet só foi citada por 4% dos entrevistados. A conversa com colegas de trabalho foi citada por 3% das pessoas.
Muito medo
Para 46% dos entrevistados, os episódios dos últimos dias causaram "muito medo", enquanto 33% citam "pouco medo" e 21% "nenhum medo". Entre as mulheres, o percentual das que dizem ter sentido "muito medo" atinge 60%. Já entre os homens esse índice cai pela metade --31%.
Praticamente a metade dos paulistanos (exatamente 47%) dizem acreditar que os ataques coordenados pelo PCC vão voltar a ocorrer na cidade, de acordo com a pesquisa. Um percentual similar a esse (44%) acha que esses eventos violentos vão parar.
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Para 85%, a violência afetou rotina da família
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A rotina da família foi afetada pela onda de violência de anteontem na opinião de 85% dos entrevistados pelo Datafolha. Foi a rotina mais afetada quando se tenta aferir o impacto dos ataques no cotidiano do paulistano.
O transporte aparece logo em seguida, em conseqüência dos 111 ônibus incendiados e das linhas que não circularam por temor de que os veículos fossem alvos de ataques. A locomoção foi afetada pela ação do PCC na opinião de 83%. Já a rotina do trabalho foi alterada segundo 72%.
A rotina que sofreu menos alteração foi a dos estudos: 61% dizem que não mudaram o seu dia-a-dia nessa área, apesar das dezenas de escolas e universidades que dispensaram os alunos.
A apreensão quanto à segurança de parentes e amigos deixou 77% dos paulistanos muito preocupados. Apenas 7% dos moradores da capital declararam não ter preocupação.
Inseguros e com medo, muitos tentaram entrar em contato com familiares por telefone. A sobrecarga no sistema provocou uma pane no sistema de telefonia celular e impediu muitas ligações de serem completadas.
Curiosamente, nenhum entrevistado declarou ter recebido informações sobre a crise na segurança pública por telefone celular. Apenas 2% afirmaram ter usado o telefone fixo para essa finalidade. A grande fonte de informação para os paulistanos foi a TV: 80% recorreram a esse meio para se informar, de acordo com o Datafolha. Muitos canais suspenderam a programação normal para enfatizar a cobertura da crise; outros adotaram flashes durante a programação.
O rádio foi usado por 11% dos paulistanos para obter notícias do que ocorria na cidade e a internet só foi citada por 4% dos entrevistados. A conversa com colegas de trabalho foi citada por 3% das pessoas.
Muito medo
Para 46% dos entrevistados, os episódios dos últimos dias causaram "muito medo", enquanto 33% citam "pouco medo" e 21% "nenhum medo". Entre as mulheres, o percentual das que dizem ter sentido "muito medo" atinge 60%. Já entre os homens esse índice cai pela metade --31%.
Praticamente a metade dos paulistanos (exatamente 47%) dizem acreditar que os ataques coordenados pelo PCC vão voltar a ocorrer na cidade, de acordo com a pesquisa. Um percentual similar a esse (44%) acha que esses eventos violentos vão parar.
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